10 "X-Men" poderosos que já deixaram Eike Batista
Agravamento da crise leva nomes importantes a deixar o Grupo EBX, fundado pelo empresário
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 16h18.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h32.
São Paulo – Ao criar a EBX , Eike Batista cercou-se de nomes de peso. A equipe chegou a ser chamada de X-Men por parte da mídia, numa alusão à sua suposta capacidade de gerar riquezas acima da média. A crise que esfacela o empresário, porém, mostrou que não há superpoderes que anulem o descompasso entre promessas e realizações. Veja, a seguir, 10 baixas de peso sofridas por Eike.
A baixa mais simbólica no time de Eike, sem dúvida, é a de seu pai. Nesta quarta-feira, Eliezer Batista deixou o conselho de administração da OSX, a empresa de construção naval do filho, junto com outros três membros. Ex-ministro de Minas e Energia e ex-presidente da Vale, o patriarca da família era, obviamente, um dos conselheiros mais próximos do empresário.
No final de junho, o conselho de administração da OGX sofreu perdas expressivas. Uma delas foi a saída de Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco. Malan era um dos conselheiros independentes da combalida petroleira de Eike.
Outra renúncia que deixou o Grupo EBX em uma saia justa de credibilidade foi a de Ellen Gracie, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal. Ela também era conselheira independente da OGX, e deixou a empresa na mesma data de Pedro Malan e Rodolpho Tourinho.
Também nesta quarta-feira, o ex-ministro de Minas e Energia Rodolpho Tourinho deixou o conselho de administração da OSX. Ex-senador e filiado ao Democratas, Tourinho já havia saído do conselho da OGX, a petroleira de Eike e sua empresa mais problemática, no final de junho.
O geólogo João Carlos Cavalcanti já foi sócio de Eike em dois empreendimentos: um projeto de água mineral, nos anos 90, e um de mineração, nos anos 2000, que serviu de base para a atual MMX. Desafeto declarado do empresário, Cavalcanti chegou a afirmar que Eike nunca cumpre o que promete, em entrevista a Veja. Em resposta, o dono da EBX chamou o antigo sócio de “tolinho” em sua conta no Twitter.
Rodolfo Landim foi um dos primeiros a abandonar Eike Batista. Ex-presidente da BR Distribuidora, que controla os postos de combustíveis da Petrobras, Landim foi considerado, por muito tempo, o braço-direito de Eike. Ajudou a criar e presidiu a OGX, mas deixou a empresa em 2010, em meio a uma ruidosa disputa judicial em que cobrava cerca de 270 milhões de dólares do ex-patrão. Agora, tem sua própria petroleira, a Ouro Preto, e é rival de Eike.
Os problemas na OGX podem ser medidos pela curta duração de Paulo Mendonça na presidência: apenas dois meses, entre abril e junho do ano passado. Mendonça foi substituído pelo então presidente da OSX, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, após cortar as projeções de produção de Tubarão Azul, detonando a crise de confiança que corroi o grupo até hoje. O executivo permaneceu ainda dois meses à frente da EBX, até deixar definitivamente o grupo, em agosto de 2012.
Nesta quarta-feira, Otávio Lazcano renunciou ao cargo de diretor financeiro da holding EBX. Entre 2009 e 2011, acumulou as funções de presidente e diretor de relações com investidores da LLX, o braço de logística de Eike. No final de 2011, passou para a diretoria financeira da EBX.
Luiz do Amaro França Pereira e Samir Zraick eram conselheiros independentes em duas empresas de Eike: a OGX e a OSX. Ambos renunciaram aos cargos nas duas empresas no mesmo dia: esta quarta-feira. A saída da dupla da OGX deixou a petroleira de Eike sem conselheiros independentes.
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