Washington tem última Marcha das Mulheres antes de eleições presidenciais
A primeira edição da Marcha das Mulheres aconteceu em 2017, motivada pela posse do presidente Donald Trump
AFP
Publicado em 18 de janeiro de 2020 às 17h47.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 10h27.
Milhares de manifestantes reuniram-se em Washington neste sábado para a quarta edição da Marcha das Mulheres, reunião anual para protestar contra as políticas do presidente Donald Trump e para lutar pelos direitos femininos e das minorias.
"Estou ainda mais indignada do que há três anos", dizia o cartaz carregado por Kim Elliott, 40. "Sabíamos que Trump seria horrível, mas é ainda pior do que pensávamos", disse à AFP ao lado da filha, 7, que participava com entusiasmo de sua primeira Marcha das Mulheres.
Assim como elas, uma multidão de mulheres de 7 a 77 anos, acompanhadas de amigos e familiares, caminhavam e cantavam atrás da Casa Branca, em meio ao frio e sob a neve.
Em 2017, a primeira edição do protesto foi realizada um dia depois da posse do magnata do ramo imobiliário, na primeira grande reação da sociedade civil à sua chegada ao poder. Naquela ocasião, houve cerca de 500 mil manifestantes em Washington e milhões em todo o país para protestar contra a vitória de Trump sobre Hillary Clinton e sua chegada ao poder.
Três anos depois, o número de participantes diminuiu, como se observava na pequena praça da capital americana onde teve início a marcha. Foram organizadas manifestações em outras cidades dos Estados Unidos, incluindo Nova York.
Catherine Stevens, 57, viajou de Boston durante a noite para participar do protesto. "Tenho amigos conservadores que estão horrorizados com os ataques a 'Roe v. Wade'", sentença da Suprema Corte que legalizou o aborto em 1973 e foi questionada desde a chegada de Trump ao poder, comentou.
Os organizadores agradeceram aos manifestantes, que enfrentaram condições climáticas adversas, por "seu compromisso, ardor, ousadia e perseverança". Todos concordam com uma coisa: se Donald Trump for reeleito em novembro, o movimento voltará como nunca antes.