Exame Logo

Violenta resposta dos kadafistas em Bani Walid; CNT amplia cerco a Sirte

Forças leais ao ditador líbio iniciaram contraofensiva e dispararam foguetes contra regime de transição

Os combatentes do CNT envolvidos na ofensiva de Bani Walid recuaram na sexta-feira (Joseph Eid/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2011 às 14h27.

Bani Walid, Líbia - As forças leais ao ditador destituído Muamar Kadhafi iniciaram neste sábado uma contraofensiva em Bani Walid, ao sul de Trípoli, e dispararam foguetes contra uma posição das tropas do novo regime que deixaram vários feridos, constatou um correspondente da AFP.

Em meio ao barulho das explosões e das rajadas de tiros, as ambulâncias transportavam os combatentes do novo regime feridos ou mortos no ataque contra uma posição dos insurgentes a poucos quilômetros do centro da cidade.

"Pelo menos sete foguetes caíram sobre nossa posição, que foi arrasada", declarou à AFP o combatente Omar Ali Ramadan.

Os combatentes do Conselho Nacional de Transição (CNT) envolvidos na ofensiva de Bani Walid recuaram na sexta-feira após uma operação nesta cidade kadhafista, que fica 170 km ao sudeste de Trípoli.

"Não adianta manter posições à noite em uma área hostil", explicou à AFP um comandante. Ele também disse que os francoatiradores escondidos no centro da cidade representam um perigo para seus homens.


Os combatentes das novas autoridades líbias aumentaram neste sábado a pressão contra os redutos leais a Muamar Kadhafi, após o reconhecimento do Conselho Nacional de Transição (CNT) pela ONU.

Pelo menos 6.000 combatentes do CNT, órgão político da rebelião, foram mobilizados na frente de Sirte, cidade natal do ex-ditador foragido, situada 360 km ao leste de Trípoli, informou Salem Jeha, comandante do conselho militar insurgente em Misrata.

De acordo com Jeha, o aeroporto de Sirte está sob controle total dos combatentes pró-CNT desde sexta-feira.

"A partir de agora, nos concentramos em um grupo de edifícios da cidade e seus arredores, especialmente Wadi Abu Hadi, onde as forças de Kadhafi se reuniram", explicou.

"Talvez existam focos de resistência, mas não serão capazes de conter as grandes forças dos revolucionários. A libertação de Sirte já está resolvida, nosso objetivo agora é libertar o sul", completou Jeha.


De acordo com ele, as tropas do CNT fazem o possível para evitar perdas humanas e metade dos civis fugiram da cidade quando as forças rebeldes entraram na cidade.

Um correspondente da AFP em um posto de controle localizado 30 km ao oeste de Sirte observou a chegada de caminhonetes cada vez mais numerosas com combatentes, baterias antiaéreas e munições.

Em seu relatório cotidiano, a Otan informou na sexta-feira que bombardeou 20 alvos na zona de Sirte. Enquanto a ofensiva rebelde prossegue, o CNT, que já havia sido reconhecido por quase 50 países, conquistou o direito de ocupar a vaga da Líbia na Assembleia Geral da ONU.

Assim, o líder do CNT, Mustafa Abdel Jalil, participará na reunião anual de Nova York que começa na próxima semana. Também está programado um encontro com o presidente americano Barack Obama.

O Conselho de Segurança da ONU anunciou o descongelamento parcial dos bens líbios e o envio de uma missão ao país petroleiro para redigir uma nova Constituição e ajudar a organizar eleições.

Veja também

Bani Walid, Líbia - As forças leais ao ditador destituído Muamar Kadhafi iniciaram neste sábado uma contraofensiva em Bani Walid, ao sul de Trípoli, e dispararam foguetes contra uma posição das tropas do novo regime que deixaram vários feridos, constatou um correspondente da AFP.

Em meio ao barulho das explosões e das rajadas de tiros, as ambulâncias transportavam os combatentes do novo regime feridos ou mortos no ataque contra uma posição dos insurgentes a poucos quilômetros do centro da cidade.

"Pelo menos sete foguetes caíram sobre nossa posição, que foi arrasada", declarou à AFP o combatente Omar Ali Ramadan.

Os combatentes do Conselho Nacional de Transição (CNT) envolvidos na ofensiva de Bani Walid recuaram na sexta-feira após uma operação nesta cidade kadhafista, que fica 170 km ao sudeste de Trípoli.

"Não adianta manter posições à noite em uma área hostil", explicou à AFP um comandante. Ele também disse que os francoatiradores escondidos no centro da cidade representam um perigo para seus homens.


Os combatentes das novas autoridades líbias aumentaram neste sábado a pressão contra os redutos leais a Muamar Kadhafi, após o reconhecimento do Conselho Nacional de Transição (CNT) pela ONU.

Pelo menos 6.000 combatentes do CNT, órgão político da rebelião, foram mobilizados na frente de Sirte, cidade natal do ex-ditador foragido, situada 360 km ao leste de Trípoli, informou Salem Jeha, comandante do conselho militar insurgente em Misrata.

De acordo com Jeha, o aeroporto de Sirte está sob controle total dos combatentes pró-CNT desde sexta-feira.

"A partir de agora, nos concentramos em um grupo de edifícios da cidade e seus arredores, especialmente Wadi Abu Hadi, onde as forças de Kadhafi se reuniram", explicou.

"Talvez existam focos de resistência, mas não serão capazes de conter as grandes forças dos revolucionários. A libertação de Sirte já está resolvida, nosso objetivo agora é libertar o sul", completou Jeha.


De acordo com ele, as tropas do CNT fazem o possível para evitar perdas humanas e metade dos civis fugiram da cidade quando as forças rebeldes entraram na cidade.

Um correspondente da AFP em um posto de controle localizado 30 km ao oeste de Sirte observou a chegada de caminhonetes cada vez mais numerosas com combatentes, baterias antiaéreas e munições.

Em seu relatório cotidiano, a Otan informou na sexta-feira que bombardeou 20 alvos na zona de Sirte. Enquanto a ofensiva rebelde prossegue, o CNT, que já havia sido reconhecido por quase 50 países, conquistou o direito de ocupar a vaga da Líbia na Assembleia Geral da ONU.

Assim, o líder do CNT, Mustafa Abdel Jalil, participará na reunião anual de Nova York que começa na próxima semana. Também está programado um encontro com o presidente americano Barack Obama.

O Conselho de Segurança da ONU anunciou o descongelamento parcial dos bens líbios e o envio de uma missão ao país petroleiro para redigir uma nova Constituição e ajudar a organizar eleições.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGuerrasLíbiaMuammar KadafiPolíticos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame