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Violência matou mais de mil desde dezembro na Nigéria

Violência entre comunidades de pastores e granjeiros na Nigéria já deixou mais de mil pessoas mortas desde dezembro do ano passado, diz Human Rights Watch

Escola destruída por uma explosão no nordeste da Nigéria: a violência entre comunidades ameaça se estender para outras regiões do norte da Nigéria (Aminu Abubaka/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 10h14.

Nairóbi - A escalada de violência entre comunidades de pastores e granjeiros que disputam recursos naturais no centro da Nigéria já deixou mais de mil pessoas mortas desde dezembro do ano passado, alertou nesta terça-feira a organização Human Rights Watch (HRW).

A violência entre comunidades, gerada na maior parte das vezes pela briga por recursos entre grupos de pastores nômades e granjeiros, ameaça se estender para outras regiões do norte da Nigéria, onde até agora não eram comum, informou a organização defensora dos direitos humanos em um comunicado.

A tensão poderia chegar ao norte, onde são frequentes os ataques da seita islâmica Boko Haram, que as autoridades nigerianas vincularam ao atentado de ontem em Abuja, onde pelo menos 71 pessoas morreram em explosões em uma das principais estações de ônibus da capital.

"A falta de justiça durante anos de violência procedente das tensões entre comunidades criou uma situação explosiva", alertou o diretor da HRW na África, Daniel Bekele.

O governo nigeriano, segundo Bekele, "deve realizar investigações criminais e levar justiça para as vítimas e suas famílias".

Os conflitos entre comunidades de granjeiros e pastores ocasionaram muitas mortes e provocaram deslocamentos nos Estados centrais de Benua, Plateau, Nasarawa e Taraba, e no norte, em Zamfara e Katsina.

As principais causas deste tipo de violência são as disputas pelo sustento e a identidade, sem que os governos locais tenham sido capazes de proteger os cidadãos nem usar a força para restabelecer a paz.

Em resposta à crescente violência, o exército nigeriano anunciou uma operação para restabelecer a paz em Benue, Nasarawa e Plateau.

No entanto, em 3 de abril os militares invadiram a cidade de Keana, no estado de Nasarawa, e mataram 30 pastores fulani, denunciou HRW.

"As forças de segurança não deveriam estar criando maior insegurança nesta área volátil", disse Bekele.

A luta pela apropriação dos recursos naturais entre pastores muçulmanos e granjeiros cristãos é uma das principais causas da violência na Nigéria, onde essas comunidades competem pelo pasto e a água.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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Nairóbi - A escalada de violência entre comunidades de pastores e granjeiros que disputam recursos naturais no centro da Nigéria já deixou mais de mil pessoas mortas desde dezembro do ano passado, alertou nesta terça-feira a organização Human Rights Watch (HRW).

A violência entre comunidades, gerada na maior parte das vezes pela briga por recursos entre grupos de pastores nômades e granjeiros, ameaça se estender para outras regiões do norte da Nigéria, onde até agora não eram comum, informou a organização defensora dos direitos humanos em um comunicado.

A tensão poderia chegar ao norte, onde são frequentes os ataques da seita islâmica Boko Haram, que as autoridades nigerianas vincularam ao atentado de ontem em Abuja, onde pelo menos 71 pessoas morreram em explosões em uma das principais estações de ônibus da capital.

"A falta de justiça durante anos de violência procedente das tensões entre comunidades criou uma situação explosiva", alertou o diretor da HRW na África, Daniel Bekele.

O governo nigeriano, segundo Bekele, "deve realizar investigações criminais e levar justiça para as vítimas e suas famílias".

Os conflitos entre comunidades de granjeiros e pastores ocasionaram muitas mortes e provocaram deslocamentos nos Estados centrais de Benua, Plateau, Nasarawa e Taraba, e no norte, em Zamfara e Katsina.

As principais causas deste tipo de violência são as disputas pelo sustento e a identidade, sem que os governos locais tenham sido capazes de proteger os cidadãos nem usar a força para restabelecer a paz.

Em resposta à crescente violência, o exército nigeriano anunciou uma operação para restabelecer a paz em Benue, Nasarawa e Plateau.

No entanto, em 3 de abril os militares invadiram a cidade de Keana, no estado de Nasarawa, e mataram 30 pastores fulani, denunciou HRW.

"As forças de segurança não deveriam estar criando maior insegurança nesta área volátil", disse Bekele.

A luta pela apropriação dos recursos naturais entre pastores muçulmanos e granjeiros cristãos é uma das principais causas da violência na Nigéria, onde essas comunidades competem pelo pasto e a água.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.

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