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Violência expõe necessidade de manter tropas, diz Otan

O secretário-geral da Otan condenou a violência registrada no norte do Kosovo durante as eleições municipais


	O secretário-geral da aliança militar Otan, Anders Rasmussen: incidentes mostram a necessidade de manter presença de tropas aliadas no terreno
 (Francois Lenoir/Reuters)

O secretário-geral da aliança militar Otan, Anders Rasmussen: incidentes mostram a necessidade de manter presença de tropas aliadas no terreno (Francois Lenoir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 12h22.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, condenou nesta segunda-feira a violência registrada no norte do Kosovo durante as eleições municipais e assegurou que os incidentes mostram a necessidade de manter, por enquanto, a presença de tropas aliadas no terreno.

"Condeno contundentemente os ataques contra colégios eleitorais no norte de Mitrovica", assinalou Rasmussen em entrevista coletiva em Bruxelas, na qual ressaltou que não é possível permitir que a violência "faça regredir os progressos conseguidos" no diálogo político entre Belgrado e Pristina.

As eleições do domingo foram as primeiras realizadas em todo o território graças ao histórico acordo alcançado em abril entre Kosovo e Sérvia, sob os auspícios da UE, para normalizar suas relações.

As eleições municipais, no entanto, foram conturbadas no norte do Kosovo pelas intimidações dos ultranacionalistas sérvios, que atacaram vários colégios eleitorais e obrigaram a suspender as votações na maior parte de Mitrovica e a cidade de Zvecan.

Rasmussen explicou hoje que as forças aliadas da Kfor intervieram no domingo a pedido da missão policial europeia Eulex e se ocuparam de garantir a segurança na estrada pela qual circularam as urnas para a apuração dos votos.

Para o político dinamarquês, os incidentes da jornada eleitoral mostram a importância de que a Otan mantenha sua presença no Kosovo, onde tem desdobrados quase 5 mil soldados.

"É nossa intenção continuar como fiador independente da paz e a estabilidade", ressaltou Rasmussen, que deixou claro que a Aliança não tem intenção de reduzir sua presença por enquanto.

O secretário-geral aliado lembrou que os planos para diminuir o número de soldados colocados nos últimos anos se congelaram dado que a Otan considera "importante" contribuir à implementação dos acordos entre Belgrado e Pristina e ambas partes pediram que mantenha sua presença.

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