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Veterano libertado pela Coreia do Norte diz ter sido coagido

Norte-americano disse que sua "confissão" em vídeo foi feita sob coação e acrescentou que acreditava que pode ter sido detido em um mal-entendido

Merrill Newman, veterano da Guerra da Coréia, de 85 anos, chega ao aeroporto de San Francisco, nos Estados Unidos (Noah Berger/Reuters)

Merrill Newman, veterano da Guerra da Coréia, de 85 anos, chega ao aeroporto de San Francisco, nos Estados Unidos (Noah Berger/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 19h59.

Los Angeles  - Um veterano norte-americano da Guerra da Coreia libertado da prisão na Coreia do Norte disse nesta segunda-feira que sua "confissão" em vídeo foi feita sob coação e acrescentou que acreditava que pode ter sido detido em um mal-entendido sobre seu interesse na guerra.

Merrill Newman, de 85 anos, afirmou em uma nota por escrito que foi mantido sob guarda em um hotel norte-coreano e que seu interrogador lhe disse que ele seria condenado à prisão por 15 anos se não cooperasse. Ele estava preso há mais de um mês.

"Qualquer um que me conhece sabe que eu não poderia ter feito as coisas que eles me fizeram 'confessar'", disse Newman no comunicado divulgado dois dias depois de sua chegada ao aeroporto de San Francisco, no sábado, após a sua libertação da prisão.

O veterano da Guerra da Coreia acrescentou que, durante a viagem de turismo que levou à sua detenção, ele havia manifestado interesse em visitar alguns daqueles "que lutaram na guerra" na área de Mount Kuwol e que os norte-coreanos "parecem ter interpretado mal a minha curiosidade como algo mais sinistro".

"Agora está claro para mim que os norte-coreanos ainda sentem muito mais raiva sobre a guerra do que eu imaginava", disse Newman, morador de Palo Alto, Califórnia.

Em 26 de outubro, ele foi retirado de um voo da Air Koryo prestes a deixar o país no fim de sua visita turística.

Kenneth Bae, um coreano-americano que trabalhou como missionário cristão, permanece preso na Coreia do Norte depois de ter sido condenado em maio a 15 anos de trabalhos forçados por crimes contra o Estado.

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