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Venezuela rejeita reunião sobre presidência do Mercosul

A Argentina propõe que seja feita uma reunião de coordenadores para destravar as divergências sobre a Venezuela assumir a presidência do bloco

Venezuela: "Não existem argumentos jurídicos que evitem que a Venezuela assuma a presidência" do Mercosul (AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 08h47.

A Venezuela rejeitou nesta segunda-feira a reunião de coordenadores proposta pela Argentina visando a resolver as divergências em torno da presidência do Mercosul , que Caracas reivindica.

"Nos preocupa como a chanceler argentina (Susana Malcorra), que pretende ser secretária-geral das Nações Unidas, desrespeita os tratados internacionais", disse a ministra venezuelana das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, sobre a proposta de Buenos Aires.

Rodríguez declarou ao canal regional Telesur que sua homóloga argentina "está ignorando expressamente as normas" e assinalou que as decisões no Mercado Comum do Sul (Mercosul) correspondem aos chanceleres e aos chefes de Estado.

"Não existem argumentos jurídicos que evitem que a Venezuela assuma a presidência" do Mercosul.

A Argentina propõe que seja feita uma reunião de coordenadores para destravar as divergências sobre a Venezuela assumir a presidência do bloco, vaga desde que o Uruguai considerou seu período concluído.

"A Argentina considera que nenhum país pode assumir a presidência pro tempore sem transmissão formal e propõe uma reunião de coordenadores para solucionar esse problema", informou um funcionário do Ministério das Relações Exteriores em Buenos Aires.

O objetivo é que seja realizada uma reunião como estabelece o protocolo do bloco "para preservar as normas do Mercosul", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Brasil e Paraguai não aceitam que a Venezuela assuma a presidência do bloco - a qual cada sócio exerce por seis meses - devido à crise política no país petroleiro.

Na sexta-feira, o Uruguai deu por concluída sua presidência do Mercosul, sem anunciar a transferência para qualquer sócio do bloco.

Nesta segunda-feira, o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse que seu país não reconhece a decisão da Venezuela de se "autoproclamar" na presidência do Mercosul e assegurou que dirigirá o bloco regional junto com Brasil e Argentina.

"É a tríplice aliança, que pretende reeditar o Plano Condor" contra a "revolução bolivariana", sentenciou Rodríguez, reafirmando que a Venezuela "vai exercer o que lhe corresponde por direito".

O Plano Condor foi um sistema de repressão coordenado entre as ditaduras do Cone Sul durante os anos 70 e 80.

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A Venezuela rejeitou nesta segunda-feira a reunião de coordenadores proposta pela Argentina visando a resolver as divergências em torno da presidência do Mercosul , que Caracas reivindica.

"Nos preocupa como a chanceler argentina (Susana Malcorra), que pretende ser secretária-geral das Nações Unidas, desrespeita os tratados internacionais", disse a ministra venezuelana das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, sobre a proposta de Buenos Aires.

Rodríguez declarou ao canal regional Telesur que sua homóloga argentina "está ignorando expressamente as normas" e assinalou que as decisões no Mercado Comum do Sul (Mercosul) correspondem aos chanceleres e aos chefes de Estado.

"Não existem argumentos jurídicos que evitem que a Venezuela assuma a presidência" do Mercosul.

A Argentina propõe que seja feita uma reunião de coordenadores para destravar as divergências sobre a Venezuela assumir a presidência do bloco, vaga desde que o Uruguai considerou seu período concluído.

"A Argentina considera que nenhum país pode assumir a presidência pro tempore sem transmissão formal e propõe uma reunião de coordenadores para solucionar esse problema", informou um funcionário do Ministério das Relações Exteriores em Buenos Aires.

O objetivo é que seja realizada uma reunião como estabelece o protocolo do bloco "para preservar as normas do Mercosul", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Brasil e Paraguai não aceitam que a Venezuela assuma a presidência do bloco - a qual cada sócio exerce por seis meses - devido à crise política no país petroleiro.

Na sexta-feira, o Uruguai deu por concluída sua presidência do Mercosul, sem anunciar a transferência para qualquer sócio do bloco.

Nesta segunda-feira, o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, disse que seu país não reconhece a decisão da Venezuela de se "autoproclamar" na presidência do Mercosul e assegurou que dirigirá o bloco regional junto com Brasil e Argentina.

"É a tríplice aliança, que pretende reeditar o Plano Condor" contra a "revolução bolivariana", sentenciou Rodríguez, reafirmando que a Venezuela "vai exercer o que lhe corresponde por direito".

O Plano Condor foi um sistema de repressão coordenado entre as ditaduras do Cone Sul durante os anos 70 e 80.

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