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Venezuela proíbe voos particulares por conta de protestos

O objetivo é deixar a população tranquila em meio aos preparativos para o protesto da oposição na quinta-feira, em Caracas


	Venezuela: em plena crise econômica e social, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou seus seguidores para uma simbólica "Tomada de Caracas"
 (Getty Images)

Venezuela: em plena crise econômica e social, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou seus seguidores para uma simbólica "Tomada de Caracas" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 15h45.

O governo venezuelano anunciou nesta segunda-feira que estarão proibidos durante uma semana os voos particulares e os drones (veículo aéreo não-tripulado), em meio aos preparativos para o protesto da oposição na quinta-feira, em Caracas, que reclama um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro.

O ministro de Transportes, Ricardo Molina, disse em um ato público que a medida foi tomada "para buscar o sossego da população, a paz e a tranquilidade" e relembrou que estará vigente até o dia 5 de setembro.

O anúncio, que implica desde pequenos aviões, até helicópteros e drones, começou a circular nas redes sociais no final de semana e o líder opositor, Henrique Capriles, o rechaçou dizendo que fazia parte das "coisas ridículas" do governo chavista e de seu medo da manifestação de 1 de setembro.

"Eles proibirão (os drones) em 1? Esse governo é uma vergonha! Preocupados com isso enquanto as pessoas passam fome", manifestou Capriles em sua conta no Twitter.

O governo "prefere esconder e evitar o protesto de #1Set antes de resolver os problemas que o motivam. Com drone ou sem drone o mundo verá uma multidão", disse Oliver Blanco, diretor de Comunicações da Assembleia Nacional, de maioria opositora.

Em plena crise econômica e social, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) convocou seus seguidores para uma simbólica "Tomada de Caracas" para exigir ao poder eleitoral que anuncie a data de recolhimento das quatro milhões de assinaturas necessárias para ativar a consulta.

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