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Venezuela prendeu 77 crianças na repressão de manifestações contra Maduro

De acordo com a ONU, mais de 40 pessoas morreram e mais de 800 foram presas

Venezuela: em um dia, 696 pessoas foram detidas durante manifestações contra o governo Maduro (GABRIELA GONZALEZ @GABYGABYGG/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 13h02.

Genebra - Em comunicado divulgado nesta terça-feira, 29, o porta-voz da ONU para Direitos Humanos, Rupert Colville, informou que a repressão do governo de Nicolás Maduro aos protestos da oposição atingiu crianças de até 12 anos, com 77 menores detidos nos últimos dias.

Segundo a ONU, mais de 850 pessoas foram colocadas em prisões pelo país no que seria o maior número de detenções em 20 anos na Venezuela . A organização também informou que o número de mortos nas manifestações chega a 40.

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Dessas vítimas, 26 delas foram alvos das forças de segurança do governo. A maioria das mortes ocorreu entre os dias 22 e 25 de janeiro. Cinco delas foram registradas depois de operações do regime em bairros da periferia de Caracas.

Colville indicou que onze mortes foram causadas por pessoas não identificadas, além do assassinato de um membro da Guarda Nacional.

Recorde

Apenas em um dia, 696 pessoas foram detidas por se manifestarem contra o líder chavista. A entidade avalia suspeitas de que parte desses prisioneiros tenham sido alvo de violações de direitos humanos.

A ONU ainda comentou a nova onda de sanções aplicadas pelos EUA contra o regime de Maduro. Para a entidade, existe o risco de que as medidas possam tornar a situação da população ainda mais dramática.

Também está em avaliação a possibilidade de que a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, faça uma viagem até Caracas.

No ano passado, o governo Maduro fez o convite para que a ex-presidente chilena fosse até o país. Agora, é a vez do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, pedir a presença da representante da ONU no país. Sua ida, porém, ainda não está acertada, já que seu escritório quer garantias de que ela tenha acesso livre à sociedade civil e ONGs locais.

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