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Venezuela garante que correntistas de terão acesso aos depósitos

Brasília - Alvo de críticas da comunidade internacional por decretar a intervenção no Banco Federal, oitavo maior banco da Venezuela, o governo do presidente Hugo Chávez anunciou hoje (17) que não há risco de prejuízos aos correntistas. O vice-presidente da República, Elias Jaua, disse que as autoridades estão empenhadas em garantir que até a próxima […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Alvo de críticas da comunidade internacional por decretar a intervenção no Banco Federal, oitavo maior banco da Venezuela, o governo do presidente Hugo Chávez anunciou hoje (17) que não há risco de prejuízos aos correntistas. O vice-presidente da República, Elias Jaua, disse que as autoridades estão empenhadas em garantir que até a próxima semana os clientes do Banco Federal tenham acesso às contas correntes e ao dinheiro depositado na instituição.

As informações são da Agência Bolivariana de Notícias (ABN). "Vamos garantir que os poupadores com menos de 30 mil bolívares [moeda venezuelana] possam obter o mais rapidamente possível os frutos de seu trabalho e esforço", afirmou Jaua, depois da 131 ª reunião do Conselho de Administração da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para o Desenvolvimento Internacional.

Segundo o vice-presidente, os correntistas deverão ter acesso às contas bancárias por meio de bancos públicos. Jaua afirmou que 96% dos clientes estão cobertos pelo Fundo Federal de Depósito e pelo Banco da Defesa. "O importante é que há um governo que dá a cara, ao contrário da atitude do proprietário de banco [Nelson Mezerhane], que há quatro meses está fora do país e não prestou atenção às recomendações técnicas da Superintendência dos Bancos e Outras Instituições Financeiras", disse ele.

Na última segunda-feira (14), o governo Chávez anunciou a intervenção do Banco Federal por 60 dias, alegando falta de liquidez da instituição. Um dos diretores do banco é também coproprietário da Globovisión, empresa de mídia que faz oposição ao governo venezuelano.

O vice-presidente negou questões políticas na decisão de intervir no Banco Federal. Segundo ele, a intervenção é uma medida que faz parte da rigorosa fiscalização exercida pelo governo "para que todos tenham as economias geridas de forma adequada e bem protegidas".

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