As vendas das redes varejistas dos EUA cresceram 6% em novembro na comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados da Thomson Reuters, superando as estimativas de analistas, que esperavam um avanço de 3,6%. Em novembro de 2009, as varejistas tiveram um aumento de 0,6% nas vendas.

"As lojas fizeram promoções agressivas" no mês passado, disse John Long, estrategista de varejo da Kurt Salmon Associates, acrescentando que "os resultados que estamos vendo não são apenas a contribuição das vendas da Black Friday (a sexta-feira do feriado de Ação de Graças nos EUA)."

O forte início da temporada de compras de fim de ano nos EUA deixou alguns participantes do mercado em dúvida sobre se o consumo continuará forte até o encerramento de 2010. A Federação Nacional do Varejo dos EUA estima que, neste ano, as vendas devem crescer 2,3%, após um ganho de 0,4% no ano passado e uma queda de 3,9% em 2008.

"Não se pode afirmar que o que aconteceu em novembro vai acontecer na temporada", disse Paula Rosenblum, sócia da consultoria Retail Systems Research. "A sobriedade dos consumidores está fatigada, então eles saíram e compraram pechinchas", acrescentou, afirmando que resta saber se o ritmo de gastos continuará forte como em novembro.

As vendas de lojas da Macy's abertas há um ano ou mais subiram 6 1%, ante expectativa de aumento de 5%. A J.C. Penney apresentou um ganho de 9,2% nas vendas, muito mais que a expansão de 3,1% projetada por analistas.

No caso da Target, "as vendas de novembro (que avançaram 5,7%) vieram acima do previsto, puxadas pelo forte tráfego durante o período", disse Gregg Steinhafel, executivo-chefe da companhia. A Abercrombie & Fitch divulgou que as vendas cresceram 22%, muito mais que a estimativa de 6,8% dos analistas da Thomson Reuters.

No segmento de luxo, que vinha apresentando um forte ritmo de recuperação, as vendas da Saks cresceram 5,3% em novembro, ante previsão de ganho de 9,5%, mesmo com as promoções oferecidas pela rede. As informações são da Dow Jones.