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Vaticano exige defesa vigorosa da família heterossexual

Uma autoridade católica denunciou a "forte oposição cultural" existente hoje em dia contra a família, devido ao individualismo


	Bento XVI: o papa se encontrará entre os dias 26 e 27 de outubro com famílias de todo o mundo no Vaticano
 (Vincenzo Pinto/AFP)

Bento XVI: o papa se encontrará entre os dias 26 e 27 de outubro com famílias de todo o mundo no Vaticano (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 11h59.

Cidade do Vaticano - A Igreja está "preocupada" com a crise que o casamento atravessa, além de estar "surpresa" pela "superficialidade" com a qual é acusada de "conservadora" e exige uma defesa mais vigorosa da família, afirmou nesta segunda-feira o "ministro" vaticano para as famílias, Vincenzo Paglia.

O arcebispo Paglia, presidente do Conselho Pontifício para a Família, fez essas declarações durante um encontro com a imprensa para apresentar as atividades de seu dicastério após o VII Encontro Mundial das Famílias celebrado em Milão em junho do ano passado. O próximo será realizado na Filadélfia, em 2015.

Entre essas atividades destaca-se o encontro que o papa Bento XVI manterá entre os dias 26 e 27 de outubro com famílias de todo o mundo no Vaticano, um momento de recolhimento e orações para quem queira refletir "sobre a importância da família como lugar de evangelização e berço da fé", disse o prelado.

Paglia denunciou a "forte oposição cultural" existente hoje em dia contra a família, devido ao individualismo, a solidão e o culto ao "eu".

"Em uma sociedade cada vez mais individualista, é muito fácil colocar em dúvida tanto o casamento como a família, chegando até o ponto de fazer desaparecer o significado dos termos. Está chegando ao ponto de não reconhecer o casamento, a raiz da família", disse Paglia.

O prelado insistiu que o casamento, entre um homem e uma mulher, constitui o "primeiro local de humanização do ser humano e da sociedade, o berço do amor e da vida" e que, perante os ataques que sofre, a Igreja "está preocupada", pois sabe que a família e o casamento seguem sendo "uma boa notícia" para os homens de hoje.

O arcebispo afirmou que a Igreja seguirá apoiando a família, "instituição divina que é a base da vida das pessoas, protótipo de todo ordenamento social". 

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