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Vargas Llosa afirma que Chávez aspira ser um Kadafi

Para o Nobel de Literatura, presidente venezuelano "aspira eternizar-se no poder"

Vargas Llosa, Nobel de Literatura: "semiditadura de Chávez não vai durar muitos anos" (Mario Tama/Getty Images)

Vargas Llosa, Nobel de Literatura: "semiditadura de Chávez não vai durar muitos anos" (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 15h11.

Cidade do México - O Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa comparou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao ditador líbio Muamar Kadhafi e aplaudiu as revoltas árabes, que para ele são "tão importantes como a queda do muro de Berlim".

"Chávez saiu em defesa de Kadhafi. Está dentro da lógica das coisas. Ele aspira ser um Kadhafi. Não chegou a ser, felizmente para a Venezuela", afirmou o escritor peruano em uma entrevista ao canal CNN em Espanhol.

Para Vargas Llosa, o presidente venezuelano "aspira eternizar-se no poder".

"E a eternização no poder traz sempre corrupção e repressão. Felizmente os venezuelanos não deixam", disse o escritor, um crítico feroz de Chávez.

"Tenho esperança. Creio que a semiditadura de Chávez não vai durar muitos anos mais", completou o autor de "Conversa na Catedral".

Chávez é um aliado de Kadhafi e defende o regime líbio, condenado por praticamente toda a comunidade internacional.

Vargas Llosa celebrou as revoltas nos países árabes, mas criticou a timidez da resposta dos países ocidentais.

"O que acontece no mundo árabe, na minha opinião, tem a importância da queda do muro de Berlim. Se realmente toda a região do Oriente Médio se democratizar, os benefícios serão do planeta inteiro", disse.

O escritor criticou os governos ocidentais, para ele muito tolerantes com as ditaduras em função do petróleo, e pediu um apoio mais efetivo aos manifestantes.

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