Usinas do interior de São Paulo investem em biomassa e produção sustentável
Empresas aproveitam bagaço e palha de cana-de-açúcar para produção de energia
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 15h21.
São Paulo - As usinas Santo Antônio e São Francisco, em Sertãozinho, são exemplos paulistas de bom aproveitamento de bagaço e palha da cana-de-açúcar. Há 24 anos as empresas mostram como a biomassa pode ser uma ótima fonte de energia .
Apesar da sua eficiência, somente 123 usinas, das 432 instaladas no país, utilizam o subproduto da cana para este fim. Apenas 2% do consumo nacional são supridos por bioeletricidade, de acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única).
No entanto, há duas dificuldades principais em investir neste tipo de tecnologia. A primeira diz respeito ao valor que precisa ser gasto para trocar as caldeiras de 20 bar (medida de pressão) para as de 65 bar, uma vez que o equipamento com alta pressão é mais eficiente. Outra questão é a diferença entre o preço pago pelos leilões do governo federal e o custo de produção bancado pelo agricultor. O valor mais recente do governo foi de R$ 100 por megawatt-hora, enquanto o custo dos agricultores é de R$ 200.
As usinas de Santo Antônio e São Francisco são administradas pela Organização Balbo, empresa fundada em 1946. O diretor industrial Jairo Balbo diz que desde 1958 a empresa começou a fabricar etanol e em 1987 começou a investir na produção de energia com venda de excedente para a distribuidora Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). As usinas prosperaram tanto que deram origem a fundação da Bioenergia Cogeradora S/A, empresa do grupo que administra esse setor.
Uma das primeiras mudanças sustentáveis foi implantar a colheita mecanizada no lugar da queima. Ao longo do tempo outras alterações foram feitas, como a vinhaça sendo usada na fertirrigação das lavouras e reutilização da água para a lavagem de pisos e equipamentos. Além disso, há um reaproveitamento da torta de filtro para adubação, um resíduo do plantio de cana-de-açúcar.
A empresa cultiva cana-de-açúcar orgânica em 14 mil hectares e já é o maior exportador desse tipo de açúcar presente em 65 países, produzindo 65 mil toneladas. Este projeto recebeu o nome de Native, sendo considerado, pela ONU, um dos 29 negócios mais inspiradores para a economia verde.
São Paulo - As usinas Santo Antônio e São Francisco, em Sertãozinho, são exemplos paulistas de bom aproveitamento de bagaço e palha da cana-de-açúcar. Há 24 anos as empresas mostram como a biomassa pode ser uma ótima fonte de energia .
Apesar da sua eficiência, somente 123 usinas, das 432 instaladas no país, utilizam o subproduto da cana para este fim. Apenas 2% do consumo nacional são supridos por bioeletricidade, de acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única).
No entanto, há duas dificuldades principais em investir neste tipo de tecnologia. A primeira diz respeito ao valor que precisa ser gasto para trocar as caldeiras de 20 bar (medida de pressão) para as de 65 bar, uma vez que o equipamento com alta pressão é mais eficiente. Outra questão é a diferença entre o preço pago pelos leilões do governo federal e o custo de produção bancado pelo agricultor. O valor mais recente do governo foi de R$ 100 por megawatt-hora, enquanto o custo dos agricultores é de R$ 200.
As usinas de Santo Antônio e São Francisco são administradas pela Organização Balbo, empresa fundada em 1946. O diretor industrial Jairo Balbo diz que desde 1958 a empresa começou a fabricar etanol e em 1987 começou a investir na produção de energia com venda de excedente para a distribuidora Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). As usinas prosperaram tanto que deram origem a fundação da Bioenergia Cogeradora S/A, empresa do grupo que administra esse setor.
Uma das primeiras mudanças sustentáveis foi implantar a colheita mecanizada no lugar da queima. Ao longo do tempo outras alterações foram feitas, como a vinhaça sendo usada na fertirrigação das lavouras e reutilização da água para a lavagem de pisos e equipamentos. Além disso, há um reaproveitamento da torta de filtro para adubação, um resíduo do plantio de cana-de-açúcar.
A empresa cultiva cana-de-açúcar orgânica em 14 mil hectares e já é o maior exportador desse tipo de açúcar presente em 65 países, produzindo 65 mil toneladas. Este projeto recebeu o nome de Native, sendo considerado, pela ONU, um dos 29 negócios mais inspiradores para a economia verde.