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Milhões poderiam ser salvos com atendimento no nascimento

Segundo Unicef, quase três milhões de crianças que morrem antes de completar um mês poderiam ser salvas em um ano se recebessem um atendimento de qualidade

Médico pediatra: Unicef alertou que 2,9 milhões de crianças morrem a cada ano durante seus primeiros 28 dias de vida (Marcello Casal Jr./ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 22h33.

Nova York - Quase três milhões de crianças que morrem antes de completar um mês poderiam ser salvas em um ano se recebessem um atendimento de qualidade no momento do nascimento, segundo denunciaram em um anúncio conjunto o Unicef e a revista médica britânica "The Lancet".

Estes recém-nascidos falecidos, que tendem a morrer nos locais mais pobres e desfavorecidos, representam 44% da mortalidade infantil de menores de cinco anos, o que representa uma proporção de mortes maior que a que existia em 1990, destacou em comunicado o Unicef.

Segundo um estudo da "The Lancet" supervisionado pelo Unicef, se as pessoas mais pobres dos 51 países com maior carga de mortalidade de recém-nascidos recebessem os mesmos cuidados que as pessoas mais ricas se poderia chegar a salvar 600 mil vidas, o que representaria uma redução da mortalidade de 20% em nível mundial.

"Houve um grande progresso na redução de mortes de menores de cinco anos, mas o número dos recém-nascidos, os mais vulneráveis, continua sendo um problema", destacou o chefe de Saúde do Unicef, Mickey Chopra.

O Unicef alertou que 2,9 milhões de crianças morrem a cada ano durante seus primeiros 28 dias de vida e outros 2,6 milhões nascem já mortos (dos quais 1,2 milhões morrem durante o parto).

As primeiras 24 horas após o nascimento são as mais perigosas para o bebê e a mãe, já que quase a metade das mortes de recém-nascidos e mães ocorrem nesse período, acrescentou o organismo.

Os países que mais progrediram na redução de mortes fomentaram medidas efetivas como a lactação materna, a reanimação de recém-nascidos, o prolongamento do contato do recém-nascidos com a pele da mãe para bebês prematuros e o tratamento e prevenção de infecções, segundo o Unicef.

Ruanda foi o único país da África Subsaariana que reduziu à metade o número de mortos recém-nascidos desde o ano 2000 enquanto outros países de baixa renda formaram parteiras e enfermeiras para que as famílias mais pobres também possam ser atendidas.

As zonas que contam com um maior índice de mortalidade infantil se encontram na região da Ásia meridional e África Subsaariana e os países mais castigados são Índia (779 mil mortes), Nigéria (267 mil) e Paquistão (202.400).

Segundo destacou o Unicef, nos países com maiores taxas de mortalidade infantil cada dólar investido na saúde do bebê ou na mãe representa um benefício social e econômico nove vezes maior que o investimento inicial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), junto com o Unicef, iniciará no próximo mês um plano de ação do recém-nascido para reduzir as mortes maternas e infantis até 2035.

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Nova York - Quase três milhões de crianças que morrem antes de completar um mês poderiam ser salvas em um ano se recebessem um atendimento de qualidade no momento do nascimento, segundo denunciaram em um anúncio conjunto o Unicef e a revista médica britânica "The Lancet".

Estes recém-nascidos falecidos, que tendem a morrer nos locais mais pobres e desfavorecidos, representam 44% da mortalidade infantil de menores de cinco anos, o que representa uma proporção de mortes maior que a que existia em 1990, destacou em comunicado o Unicef.

Segundo um estudo da "The Lancet" supervisionado pelo Unicef, se as pessoas mais pobres dos 51 países com maior carga de mortalidade de recém-nascidos recebessem os mesmos cuidados que as pessoas mais ricas se poderia chegar a salvar 600 mil vidas, o que representaria uma redução da mortalidade de 20% em nível mundial.

"Houve um grande progresso na redução de mortes de menores de cinco anos, mas o número dos recém-nascidos, os mais vulneráveis, continua sendo um problema", destacou o chefe de Saúde do Unicef, Mickey Chopra.

O Unicef alertou que 2,9 milhões de crianças morrem a cada ano durante seus primeiros 28 dias de vida e outros 2,6 milhões nascem já mortos (dos quais 1,2 milhões morrem durante o parto).

As primeiras 24 horas após o nascimento são as mais perigosas para o bebê e a mãe, já que quase a metade das mortes de recém-nascidos e mães ocorrem nesse período, acrescentou o organismo.

Os países que mais progrediram na redução de mortes fomentaram medidas efetivas como a lactação materna, a reanimação de recém-nascidos, o prolongamento do contato do recém-nascidos com a pele da mãe para bebês prematuros e o tratamento e prevenção de infecções, segundo o Unicef.

Ruanda foi o único país da África Subsaariana que reduziu à metade o número de mortos recém-nascidos desde o ano 2000 enquanto outros países de baixa renda formaram parteiras e enfermeiras para que as famílias mais pobres também possam ser atendidas.

As zonas que contam com um maior índice de mortalidade infantil se encontram na região da Ásia meridional e África Subsaariana e os países mais castigados são Índia (779 mil mortes), Nigéria (267 mil) e Paquistão (202.400).

Segundo destacou o Unicef, nos países com maiores taxas de mortalidade infantil cada dólar investido na saúde do bebê ou na mãe representa um benefício social e econômico nove vezes maior que o investimento inicial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), junto com o Unicef, iniciará no próximo mês um plano de ação do recém-nascido para reduzir as mortes maternas e infantis até 2035.

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