União Europeia lança missão no Mar Vermelho para proteger navegação internacional dos Houthis
A operação Aspides, como foi batizada trabalhará para proteger os navios comerciais e interceptar os ataques dos rebeldes, mas não participará de ataques contra a milícia em terra
Agência de notícias
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 09h34.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2024 às 09h35.
A União Europeia (UE) lançou oficialmente nesta segunda-feira uma missão para ajudar a proteger a navegação internacional no Mar Vermelho dos ataques dos Houthis do Iêmen, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Só nesta segunda-feira, pelo menos três novos ataques foram registrados na região, por onde transita 12% do comércio global.
"A Europa garantirá a liberdade de navegação no Mar Vermelho, trabalhando ao lado de nossos parceiros internacionais", escreveu a presidente da Comissão Europeia no X.
A Operação Aspides — que significa "escudo" em grego — trabalhará, segundo a agência Reuters, para proteger os navios comerciais e interceptar ataques, embora não participe de ataques contra os rebeldes Houthis em terra, como ocorre na operação em conjunto entre os Estados Unidos e o Reino Unido, que tem bombardeado posições da milícia dentro do Iêmen. Em um discurso feito no início deste mês, o líder da milícia, Abdul Malik al-Houthi, alertou que o bloco evitasse entrar em confronto com os rebeldes.
"Os países europeus não devem ouvir os americanos ou os britânicos, e não devem se envolver em assuntos que não lhes dizem respeito ou não os afetam", disse al-Houthi.
Até o momento, França, Alemanha, Itália e Bélgica disseram que irão contribuir com navios. Segundo uma autoridade do bloco, em entrevista à AFP na sexta-feira, o comandante geral da missão será grego e o chefe de controle operacional no mar será italiano. Espera-se que a missão comece a operar dentro de "algumas semanas" com o envio de pelo menos quatro navios, disse a mesma fonte. Outra autoridade do bloco afirmou ainda que haverá "contato contínuo" para coordenar as ações com os EUA e outras forças na região. A missão está estimada para durar um ano, inicialmente.