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União Europeia arrecada 7,4 bi de euros para vacina contra covid-19

Existem cerca de 100 testes de vacinas contra a covid-19 no mundo, incluindo uma dezena em fase de testes clínicos

Vacinas: coronavírus já matou mais de 250 mil pessoas no mundo (Andreas Gebert/Reuters)

Isabela Rovaroto

Publicado em 5 de maio de 2020 às 07h28.

Última atualização em 5 de maio de 2020 às 13h25.

Países membros da União Europeia começaram a flexibilizar nesta segunda-feira (4) parte das medidas de isolamento impostas para frear a propagação do novo coronavírus, que matou mais de 250 mil pessoas no mundo e fez com que o bloco europeu arrecadasse mais de 7,4 bilhões de euros para financiar a pesquisa de uma vacina contra a covid-19 .

Organizadora da conferência de doadores, que recebeu o apoio dos principais dirigentes europeus, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que uma vacina "é nossa maior chance coletiva de vencer o vírus. Temos que desenvolvê-la, produzi-la e estendê-la a todos os cantos do mundo a preços acessíveis", disse.

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Segundo a OMS, apenas a descoberta de uma vacina ou da cura da doença permitirá pôr fim à pandemia. A organização classificou hoje de "amostra poderosa de solidariedade mundial" a campanha de arrecadação de fundos para desenvolver uma vacina.

Existem cerca de 100 testes de vacinas contra a covid-19 no mundo, incluindo uma dezena em fase de testes clínicos, segundo dados da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou ontem ter provas de que o novo coronavírus procede de um laboratório da cidade de Wuhan, onde surgiu a pandemia, declaração que a TV chinesa classificou de "maluca".

"Não recebemos nenhum dado ou prova específica do governo americano sobre a suposta origem do vírus, motivo pelo qual, para nós, continua sendo especulativo", declarou o diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan.

"A emergência não terminou"

A pandemia já deixou 250.203 mortos no mundo, 145.023 deles na Europa. Quinze países europeus começaram hoje a aliviar as medidas de confinamento impostas há semanas.

Na Itália, país mais castigado do continente, com 29.079 mortos, os habitantes já podem sair de casa, segundo um programa de desconfinamento que varia de acordo com a região. "A emergência não terminou", advertiu a ministra do Interior, Luciana Lamorgese.

Na Espanha (25.428 mortos), os cidadãos começaram a descobrir no sábado a felicidade de voltar às ruas. Atenas também saiu da inatividade e, como em outros países, registrou uma corrida aos salões de beleza.

Na Áustria, pioneira no assunto, alunos da última série do ensino fundamental voltaram às aulas, como também ocorreu em alguns estados da Alemanha.

No Leste Europeu, terraços de cafés e restaurantes reabriram na Eslovênia e Hungria, exceto na capital, Budapeste. Na Polônia, também reabriram hotéis, centros comerciais, bibliotecas e museus.

Em outros países europeus, o desconfinamento ainda não aconteceu. Na França, que registra mais de 25 mil mortos, o mesmo terá início no próximo dia 11, por região, enquanto o premier britânico, Boris Johnson, prevê anunciar no próximo domingo um plano de alívio das medidas no país, que registra mais de 28 mil mortos.

Fora da Europa, Nigéria, Tunísia e Líbano levantaram hoje algumas restrições. Na Índia, a reabertura de algumas lojas se traduziu em tumulto, apesar das recomendações de distanciamento social. Na Turquia, a partir da próxima semana poderão sair de casa maiores de 65 anos e menores de 20.

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