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Um a cada três funcionários da ONU foi alvo de assédio sexual

O secretário-geral da ONU, António Guterres, avaliou que a pesquisa traz "algumas estatísticas alarmantes e evidencia que se deve mudar"

Sede da ONU, em Nova York (EUA) (Carlo Allegri/Reuters)

Sede da ONU, em Nova York (EUA) (Carlo Allegri/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 08h47.

Ao menos um terço dos funcionários das Nações Unidas sofreu assédio sexual no interior do organismo nos últimos dois anos, segundo uma primeira pesquisa sobre o tema, publicada nesta terça-feira.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, avaliou que a pesquisa traz "algumas estatísticas alarmantes e evidencia que se deve mudar" para melhorar o ambiente de trabalho da organização.

Um a cada três entrevistados - 33% - relatou ao menos uma situação de assédio sexual nos últimos dois anos, mas este número sobe para 38,7% para os que informaram sobre algum tipo de assédio sexual durante todo o tempo de atuação nas Nações Unidas.

O tipo mais comum de assédio são as histórias ou brincadeiras sexuais ofensivas, ou comentários ofensivos sobre a aparência, o corpo ou atividades sexuais.

Mas os funcionários também foram objeto de gestos ofensivos, toques e tentativas indesejadas de discutir temas sexuais.

A pesquisa revela ainda que 1/3 dos assédios foi praticado por mulheres, e um a cada quatro, por supervisores ou gerentes.

A taxa de resposta à pesquisa foi moderadamente baixa, de 17%, com 30.364 funcionários completando um questionário confidencial online.

Guterres declarou que os índices são comparáveis aos de outras organizações, mas que as Nações Unidas - que defendem igualdade, dignidade e direitos humanos - devem estabelecer um padrão mais elevado.

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