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UE se prepara para enfrentar zika na chegada do verão

Até o momento a UE mobilizou 10 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões) para a pesquisa, que começarão a ser repassados em 15 de março

Zika: os países também pediram "concentrar os esforços de pesquisa na UE para encontrar uma vacina" (Jaime Saldarriaga / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 09h38.

Estrasburgo - A União Europeia (UE) tem que adotar medidas de prevenção diante de uma possível propagação do vírus do zika com a chegada do verão, admitiu nesta quinta-feira a Comissão Europeia (CE) em um debate parlamentar sobre o tema.

O comissário europeu Jonathan Hill disse, diante do temor expressado por vários eurodeputados, que a UE já tem experiência com epidemias anteriores e as estruturas sanitárias adequadas "para dar uma resposta rápida e segura aos eventos".

Até o momento a UE mobilizou 10 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões) para a pesquisa, que começarão a ser repassados em 15 de março.

O comissário afirmou que esta verba estará dedicada a investigar a potencial relação entre este vírus e a microcefalia, em um trabalho coordenado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências.

Hill, que é comissário de Assuntos Financeiros, representou a CE neste debate, e anunciou que esta verba será completada com outros 14 milhões de euros para o desenvolvimento de uma vacina.

Durante o debate, o socialista espanhol Ramón Jáuregui, presidente da delegação do PE na assembleia parlamentar UE-Latinoaméria, transferiu à Eurocâmara dois pedidos dos países latino-americanos.

"Estão pedindo a possibilidade de estabelecermos uma emergência humanitária desde a UE para ajudar a América Central, Brasil e Colômbia para combater uma epidemia que pode afetar quatro milhões de pessoas este ano", disse Jáuregui.

Esses países também pediram "concentrar os esforços de pesquisa na UE para encontrar uma vacina".

Os eurodeputados perguntaram à CE qual é a situação atual do zika na UE, assim como o risco de transmissão do vírus.

Segundo o eurodeputado popular italiano Giovanni La Via, "o vetor Aedes aegypti não está ativo na UE, mas com o verão no sul da Europa o perigo aumenta, assim como pelos deslocamentos aos jogos olímpicos no Brasil".

O comissário Hill disse que, contra o zika, é necessária uma "resposta contundente, porque é uma ameaça característica de um mundo globalizado" e por isso é necessário seguir pautas de desinfecção em navios e aviões.

Apesar do temor pela chegada do verão, até o momento o vírus do zika só chegou à UE através de turistas que foram às áreas onde há o surto.

"Com a chegada da primavera e do verão estes mosquitos podem reintroduzir o vírus na Europa e é preciso estabelecer medidas de controle efetivas, e garanto que a comissão vai pôr todos os meios que tem à disposição para remediar isso", disse Hill.

Martin Hausling, o porta-voz dos Verdes, disse que era vital atacar as causas do zika, entre elas tornar seguros os sistemas de abastecimento de água e lutar contra a mudança climática, "porque se continuar, a propagação do mosquito que causa (o zika, a dengue e a chicungunha) é imparável".

Este eurodeputado advertiu contra o que considerou "desdobramento de armamento químico" na luta contra o zika, e "nem começar a pensar em possibilidades transgênicas para combater o mosquito".

O comissário Hill respondeu que "a esterilização do mosquito está ainda na fase das fraldas".

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Estrasburgo - A União Europeia (UE) tem que adotar medidas de prevenção diante de uma possível propagação do vírus do zika com a chegada do verão, admitiu nesta quinta-feira a Comissão Europeia (CE) em um debate parlamentar sobre o tema.

O comissário europeu Jonathan Hill disse, diante do temor expressado por vários eurodeputados, que a UE já tem experiência com epidemias anteriores e as estruturas sanitárias adequadas "para dar uma resposta rápida e segura aos eventos".

Até o momento a UE mobilizou 10 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões) para a pesquisa, que começarão a ser repassados em 15 de março.

O comissário afirmou que esta verba estará dedicada a investigar a potencial relação entre este vírus e a microcefalia, em um trabalho coordenado com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências.

Hill, que é comissário de Assuntos Financeiros, representou a CE neste debate, e anunciou que esta verba será completada com outros 14 milhões de euros para o desenvolvimento de uma vacina.

Durante o debate, o socialista espanhol Ramón Jáuregui, presidente da delegação do PE na assembleia parlamentar UE-Latinoaméria, transferiu à Eurocâmara dois pedidos dos países latino-americanos.

"Estão pedindo a possibilidade de estabelecermos uma emergência humanitária desde a UE para ajudar a América Central, Brasil e Colômbia para combater uma epidemia que pode afetar quatro milhões de pessoas este ano", disse Jáuregui.

Esses países também pediram "concentrar os esforços de pesquisa na UE para encontrar uma vacina".

Os eurodeputados perguntaram à CE qual é a situação atual do zika na UE, assim como o risco de transmissão do vírus.

Segundo o eurodeputado popular italiano Giovanni La Via, "o vetor Aedes aegypti não está ativo na UE, mas com o verão no sul da Europa o perigo aumenta, assim como pelos deslocamentos aos jogos olímpicos no Brasil".

O comissário Hill disse que, contra o zika, é necessária uma "resposta contundente, porque é uma ameaça característica de um mundo globalizado" e por isso é necessário seguir pautas de desinfecção em navios e aviões.

Apesar do temor pela chegada do verão, até o momento o vírus do zika só chegou à UE através de turistas que foram às áreas onde há o surto.

"Com a chegada da primavera e do verão estes mosquitos podem reintroduzir o vírus na Europa e é preciso estabelecer medidas de controle efetivas, e garanto que a comissão vai pôr todos os meios que tem à disposição para remediar isso", disse Hill.

Martin Hausling, o porta-voz dos Verdes, disse que era vital atacar as causas do zika, entre elas tornar seguros os sistemas de abastecimento de água e lutar contra a mudança climática, "porque se continuar, a propagação do mosquito que causa (o zika, a dengue e a chicungunha) é imparável".

Este eurodeputado advertiu contra o que considerou "desdobramento de armamento químico" na luta contra o zika, e "nem começar a pensar em possibilidades transgênicas para combater o mosquito".

O comissário Hill respondeu que "a esterilização do mosquito está ainda na fase das fraldas".

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