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UE quer obrigar empresas a divulgar pagamento de impostos

Segundo a comissão, a obrigação atingirá bancos e grandes empresas de outros setores

O premier irlandês, Enda Kenny: o anúncio foi feito um dia depois de um encontro de combate à fraude fiscal (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 13h37.

Bruxelas - A Comissão Europeia quer que todas as empresas que exercem atividades na União Europeia sejam obrigadas a detalhar o total de impostos que pagam em cada país, anunciou nesta quinta-feira o comissário Michel Barnier, um dia depois de um encontro de combate à fraude fiscal.

Em um discurso divulgado à imprensa, Barnier recordou que, como parte da diretriz europeia sobre os fundos próprios dos bancos (chamada "CRD IV"), as entidades bancárias deverão informar, a partir do ano que vem, seus benefícios fiscais, os impostos que pagam e os subsídios que recebem em cada país.

"Como parte das conclusões do Conselho Europeu, esperamos que estas obrigações de transparência passem aos grandes grupos de outros setores", afirmou Barnier.

O Conselho Europeu deu um primeiro passo em sua ofensiva contra a fraude fiscal na quarta-feira, ao decidir ampliar antes do fim do ano a diretriz para a fiscalização da economia, que prevê a troca automática de informações fiscais entre os sócios europeus, inclusive de estrangeiros não residentes.


Esse é um assunto parado desde 2008, graças à oposição de Luxemburgo e da Áustria. Estes países se negam a ficar em desvantagem diante de outros centros financeiros como a Suíça.

Os 27 chefes de Estado e governo da UE também expressaram determinação em revelar a estrutura completa de filiais que as grandes corporações criaram para fugir do fisco.

A pressão contra a evasão fiscal cresceu ainda mais desde a recente divulgação de abusos de grandes empresas para reduzir ao mínimo o pagamento de impostos. O caso que mais chamou atenção foi o da americana Apple, acusada de se aproveitar de falhas dos sistemas fiscais mundiais para evitar o pagamento de bilhões de dólares.

A multinacional também é suspeita de utilizar empresas na Irlanda para evitar o pagamento de impostos. O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, se apressou em negar seu país havia dado regalias à companhia.

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Bruxelas - A Comissão Europeia quer que todas as empresas que exercem atividades na União Europeia sejam obrigadas a detalhar o total de impostos que pagam em cada país, anunciou nesta quinta-feira o comissário Michel Barnier, um dia depois de um encontro de combate à fraude fiscal.

Em um discurso divulgado à imprensa, Barnier recordou que, como parte da diretriz europeia sobre os fundos próprios dos bancos (chamada "CRD IV"), as entidades bancárias deverão informar, a partir do ano que vem, seus benefícios fiscais, os impostos que pagam e os subsídios que recebem em cada país.

"Como parte das conclusões do Conselho Europeu, esperamos que estas obrigações de transparência passem aos grandes grupos de outros setores", afirmou Barnier.

O Conselho Europeu deu um primeiro passo em sua ofensiva contra a fraude fiscal na quarta-feira, ao decidir ampliar antes do fim do ano a diretriz para a fiscalização da economia, que prevê a troca automática de informações fiscais entre os sócios europeus, inclusive de estrangeiros não residentes.


Esse é um assunto parado desde 2008, graças à oposição de Luxemburgo e da Áustria. Estes países se negam a ficar em desvantagem diante de outros centros financeiros como a Suíça.

Os 27 chefes de Estado e governo da UE também expressaram determinação em revelar a estrutura completa de filiais que as grandes corporações criaram para fugir do fisco.

A pressão contra a evasão fiscal cresceu ainda mais desde a recente divulgação de abusos de grandes empresas para reduzir ao mínimo o pagamento de impostos. O caso que mais chamou atenção foi o da americana Apple, acusada de se aproveitar de falhas dos sistemas fiscais mundiais para evitar o pagamento de bilhões de dólares.

A multinacional também é suspeita de utilizar empresas na Irlanda para evitar o pagamento de impostos. O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, se apressou em negar seu país havia dado regalias à companhia.

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