Mundo

UE está unida para pressionar Assad a encerrar conflito

Os ministros de Relações Exteriores do bloco europeu estão unidos na busca para intensificar a pressão política para acabar com o conflito sangrento na Síria


	Conflito já matou pelo menos 70 mil pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas
 (REUTERS/Mohamed Kaddoor/Shaam News Network/Handout)

Conflito já matou pelo menos 70 mil pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (REUTERS/Mohamed Kaddoor/Shaam News Network/Handout)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2013 às 12h31.

Dublin - A chefe de diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, insistiu neste sábado que os ministros de Relações Exteriores do bloco europeu estão unidos na busca para intensificar a pressão política sobre o regime de Bashar Assad, a fim de acabar com o conflito sangrento na Síria. Contudo, ela afirmou que a Europa continuará discutindo sobre as atuais sanções nas próximas semanas.

Os ministros de Relações Exteriores da UE têm um "senso real de urgência sobre a situação na Síria e nos países vizinhos" e discutiram "todos os modos possíveis" de aumentar a ajuda à oposição síria, "particularmente por meio de suporte político e econômico", disse Catherine ao final de uma reunião de dois dias em Dublin.

Reino Unido e França têm pedido que os seus parceiros no bloco econômico relaxem o embargo para permitir o envio de armamentos para a oposição. Eles consideram que a medida pressionará o presidente Bashar Assad a buscar uma solução para o conflito que já matou pelo menos 70 mil pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

A atual sanção expira em 1º de junho e precisará da aprovação de todos os 27 países membros da UE para ser renovada. Isso dá ao Reino Unido e à França poder de vetar a prorrogação da medida. Todavia, os dois países sinalizaram que a solução preferida é a de manter o embargo ao regime de Assad, mas eximir alguns combatentes da oposição.


Para Ashton, a UE já tem "uma política significativa" para conceder ajuda humanitária e pressionar Assad a iniciar as negociações de paz. "Dentro deste contexto, naturalmente, os estados membros querem conversar sobre todas as opções possíveis. O foco tem sido talvez em uma delas. Mas se você estivesse na sala teria ouvido muitas, muitas contribuições sobre o que poderíamos fazer e como poderíamos fazer mais", comentou ela.

O ministro de Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, disse neste sábado que ninguém na reunião pediu a suspensão imediata da proibição do envio de armas para Síria. De acordo com ele, já foi decidido revisar a política de sanções nos próximos meses. "Foi muito difícil detectar qualquer entusiasmo para armar ainda mais um conflito que já está muito armado", declarou Bildt a repórteres.

Nesta sexta-feira, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, reconheceu que a UE não deveria tomar qualquer decisão neste fim de semana. Hague observou que "há uma grande variedade de visões" entre os colegas da UE sobre a retirada do embargo.

Tanto o Reino Unido como a França escreveram para Catherine Ashton na sexta-feira, expressando preocupação sobre o possível uso de armas químicas no conflito, após o governo sírio e a oposição terem acusado um ao outro de fazê-lo em um ataque mortal ocorrido na terça-feira. Uma avaliação preliminar feita pelos Estados Unidos não encontrou evidência de que armas químicas ou biológicas tenham sido utilizadas. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadEuropaPolíticosSíriaUnião Europeia

Mais de Mundo

Ex-presidente uruguaio 'Pepe' Mujica se recupera após cirurgia de câncer de esôfago

O mercado chinês com 75 mil lojas que vende de tudo - até sua decoração de Natal

Trump pede que Suprema Corte pause até a posse presidencial lei que pode proibir TikTok

Dilma e Orsi discutem possível entrada do Uruguai no Banco dos Brics