UE está disposta a ter compromisso sobre demandas britânicas
O presidente do Conselho se declarou "muito mais otimista" sobre o tema do que estava antes do debate
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 07h32.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou nesta quinta-feira que os mandatários do bloco estão dispostos "a buscar um compromisso com Londres ", ao final de uma reunião que abordou, pela primeira vez, o pedido britânico de reformas da UE .
"Os mandatários expressaram suas preocupações, mas também demonstraram sua vontade de encontrar um compromisso" sobre os pedidos de reforma do primeiro-ministro David Cameron, antes do referendo de 2017, sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, disse Tusk em entrevista coletiva.
O presidente do Conselho se declarou "muito mais otimista" sobre o tema do que estava antes do debate.
Cameron reconheceu que houve "bons progressos" sobre suas demandas de reforma da UE, mas avaliou que "será difícil (...) porque estamos tentando fazer algo muito difícil, algo que nenhum país já tentou (...), renegociar nossa posição dentro da União Europeia".
Com um referendo em 2017, Cameron pediu reformas à UE para proteger os direitos dos países do bloco que não utilizam o euro e que a Grã-Bretanha fique de fora dos próximos passos para uma maior integração europeia, temas que segundo fontes europeias são discutíveis.
Cameron pede ainda que se modifique a legislação europeia para poder retirar a assistência social dos imigrantes durante seus primeiros quatro anos na Grã-Bretanha, uma alteração considerada discriminatória e que desperta a oposição de vários países.
Durante o jantar de trabalho, Cameron pediu a seus colegas "uma resposta efetiva" diante do fluxo de imigração "sem precedentes, que pressiona as comunidades e os serviços públicos".
Isto "mina o apoio dos britânicos à União Europeia", ressaltou Cameron, que pediu "maior flexibilidade para responder às preocupações da Grã-Bretanha".
"Ninguém está disposto a aceitar uma discriminação. Esta não é a intenção dos nossos sócios britânicos. É por isso que devemos alcançar um compromisso", destacou Tusk.
As reformas que Cameron pede necessitam de uma "mudança nos tratados" europeus e "todos concordam que isto não tem que ocorrer agora (...) e sim mais adiante", estimou a chanceler alemã, Angela Merkel.
O presidente francês, François Hollande, admitiu que o tema do livre trânsito de pessoas "envolve os tratados", e defendeu iniciar o trabalho por "um marco" legal antes de "uma eventual modificação dos acordos" do bloco.
"Esta noite foi um momento decisivo" para as demandas britânicas. "Concordamos com buscar soluções para os pontos", acrescentou Tusk.
O presidente do Conselho Europeu deu até fevereiro para fechar um compromisso entre os 28 países do bloco sobre os pedidos de reforma, para, então, apresentar um texto concreto aos mandatários.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou nesta quinta-feira que os mandatários do bloco estão dispostos "a buscar um compromisso com Londres ", ao final de uma reunião que abordou, pela primeira vez, o pedido britânico de reformas da UE .
"Os mandatários expressaram suas preocupações, mas também demonstraram sua vontade de encontrar um compromisso" sobre os pedidos de reforma do primeiro-ministro David Cameron, antes do referendo de 2017, sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, disse Tusk em entrevista coletiva.
O presidente do Conselho se declarou "muito mais otimista" sobre o tema do que estava antes do debate.
Cameron reconheceu que houve "bons progressos" sobre suas demandas de reforma da UE, mas avaliou que "será difícil (...) porque estamos tentando fazer algo muito difícil, algo que nenhum país já tentou (...), renegociar nossa posição dentro da União Europeia".
Com um referendo em 2017, Cameron pediu reformas à UE para proteger os direitos dos países do bloco que não utilizam o euro e que a Grã-Bretanha fique de fora dos próximos passos para uma maior integração europeia, temas que segundo fontes europeias são discutíveis.
Cameron pede ainda que se modifique a legislação europeia para poder retirar a assistência social dos imigrantes durante seus primeiros quatro anos na Grã-Bretanha, uma alteração considerada discriminatória e que desperta a oposição de vários países.
Durante o jantar de trabalho, Cameron pediu a seus colegas "uma resposta efetiva" diante do fluxo de imigração "sem precedentes, que pressiona as comunidades e os serviços públicos".
Isto "mina o apoio dos britânicos à União Europeia", ressaltou Cameron, que pediu "maior flexibilidade para responder às preocupações da Grã-Bretanha".
"Ninguém está disposto a aceitar uma discriminação. Esta não é a intenção dos nossos sócios britânicos. É por isso que devemos alcançar um compromisso", destacou Tusk.
As reformas que Cameron pede necessitam de uma "mudança nos tratados" europeus e "todos concordam que isto não tem que ocorrer agora (...) e sim mais adiante", estimou a chanceler alemã, Angela Merkel.
O presidente francês, François Hollande, admitiu que o tema do livre trânsito de pessoas "envolve os tratados", e defendeu iniciar o trabalho por "um marco" legal antes de "uma eventual modificação dos acordos" do bloco.
"Esta noite foi um momento decisivo" para as demandas britânicas. "Concordamos com buscar soluções para os pontos", acrescentou Tusk.
O presidente do Conselho Europeu deu até fevereiro para fechar um compromisso entre os 28 países do bloco sobre os pedidos de reforma, para, então, apresentar um texto concreto aos mandatários.