Mundo

Ucrânia ordena desarmamento imediato de grupos paramilitares

Rada Suprema da Ucrânia aprovou uma lei que ordena o desarmamento imediato dos grupos paramilitares devido ao crescimento da delinquência

Forças de segurança em Kiev, na Ucrânia: iniciativa tem origem "nos vários casos de uso de armas ilegais, que deixaram mortos e feridos", segundo autores da lei (Shamil Zhumatov/Reuters)

Forças de segurança em Kiev, na Ucrânia: iniciativa tem origem "nos vários casos de uso de armas ilegais, que deixaram mortos e feridos", segundo autores da lei (Shamil Zhumatov/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 09h29.

Kiev - A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia aprovou nesta terça-feira uma lei que ordena o desarmamento imediato dos grupos paramilitares devido ao "crescimento da delinquência" no país.

Segundo seus autores, a iniciativa tem origem "nos vários casos de uso de armas ilegais, que deixaram mortos e feridos".

O projeto, proposto pelo deputado Sergei Sobolev, do partido Batkivschina, teve o apoio de 256 dos 303 deputados que compareceram na sessão parlamentar, e aponta diretamente para o grupo Pravy Sektor (setor de direita), que foi a principal força de choque na revolução que acabou com o regime do presidente Viktor Yanukovich.

Segundo a nova lei, que chega por causa de uma troca de tiros protagonizada ontem no centro de Kiev por um membro do Pravy Sektor e que deixou três pessoas feridas, as forças de ordem pública ordenam o desarmamento, o mais rápido possível, dos grupos "ilegalmente armados".

Os três feridos ontem no centro de Kiev são ativistas do Maidan (a Praça da Independência, bastião da recente revolução ucraniana), informou o ministro do Interior, Arsen Avakov.

Entre eles se encontra o subchefe da Administração de Kiev, Bogdan Dubas.

O Pravy Sektor, principal força de choque dos manifestantes nos trágicos enfrentamentos registrados em fevereiro em Kiev, é uma organização que reúne vários grupos da extrema-direita, inclusive membros de torcidas organizadas das equipes de futebol.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaUcrâniaViolência política

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA