Mundo

Ucrânia assegura que usará ajuda de forma eficaz

Ucrânia garantiu que contribuições recebidas pela comunidade internacional serão utilizadas de maneira eficaz e transparente


	Homem com bandeiras de União Europeia e Ucrânia: UE já assinou acordo com a Ucrânia
 (Vasily Fedosenko/Reuters)

Homem com bandeiras de União Europeia e Ucrânia: UE já assinou acordo com a Ucrânia (Vasily Fedosenko/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 09h28.

Bruxelas - A Ucrânia garantiu nesta terça-feira que as contribuições recebidas pela comunidade internacional na conferência de doadores que está sendo organizada pela Comissão Europeia (CE) serão utilizadas de maneira "eficaz" e "transparente" para modernizar o país.

"Cada euro que entrar na Ucrânia será usado de uma maneira muito efetiva e transparente", declarou o vice-primeiro-ministro ucraniano, Vladimir Groysman, em reunião de alto nível em Bruxelas para estabelecer os fundamentos da conferência de doadores que será realizada sob os auspícios da União Europeia (UE).

Groysman insistiu que a Ucrânia sofre uma "agressão sem precedentes da Rússia, não só em nível militar", e acrescentou que o país está pagando um "preço muito caro", por isso que a ajuda que recebeu do Fundo Monetário Internacional (FMI) "não é suficiente".

O vice-primeiro-ministro ucraniano recalcou que seu país necessita de apoios para aumentar sua independência e segurança energética, um assunto que considera "chave", assim como para diversificar fontes de provisão e fazer um uso mais eficiente da energia.

Igualmente, o vice-primeiro-ministro pediu ajuda para melhorar a proteção da fronteira leste, desenvolver medidas contra a corrupção e realizar um plano de recuperação do país que permita virar a página da crise que sofre atualmente.

"Necessitamos de instrumentos concretos de ajuda (...) Não só fundos, mas também ajuda para elaborar planos", comentou Groysman.

"As doações não serão desperdiçadas", enfatizou, e assinalou que "juntos poderemos solucionar os problemas que afrontamos hoje em dia".

Por sua vez, o comissário europeu de Ampliação e Política de Vizinhança, Stefan Füle, comentou sobre a "especial importância" da reunião preparatória de hoje perante "a preocupante situação política e humanitária que coloca desafios para a Ucrânia a cada dia".

A UE já assinou um acordo de associação com a Ucrânia que servirá para que o país inicie reformas necessárias para cumprir com suas expectativas.

"As reformas são necessárias para que Ucrânia possa desfrutar totalmente das oportunidades que lhe brinda o mercado único", comentou Füle.

Füle também lembrou que a CE anunciou em 5 de março um pacote de ajuda financeira à Ucrânia com o potencial de mobilizar até 11 bilhões de euros ao longo de sete anos para contribuir para a modernização e estabilização do país.

No marco dessa ajuda, a Comissão assinou um acordo com Kiev para proporcionar 355 milhões de apoio orçamentário dos quais os primeiros 250 milhões foram desembolsados em 3 de junho.

O acordo pretende aumentar a transparência, melhorar a gestão, combater a corrupção e ajudar ao governo a responder às necessidades dos cidadãos.

Füle assinalou que o seguinte lance, de 105 milhões de euros, será entregue em breve em função das reformas aplicadas pelo país em áreas como a luta contra a corrupção, a administração pública, a Constituição, a lei eleitoral ou a judiciário.

À margem desse montante, a CE deve conceder outros 10 milhões de euros para um programa de apoio à sociedade civil.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaRússiaUcrâniaUnião Europeia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua