Turquia: a cúpula do PKK questionou o grande número de mortos (Murad Sezer / Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2016 às 15h09.
Istambul - As forças de segurança da Turquia abateram desde julho do ano passado 3.583 combatentes do Partido de Trabalhadores de Curdistão (PKK), considerado ilegal pelo governo, e tiveram 355 baixas, de acordo com a agência de notícias turca "Anadolu".
A agência afirma que recolheu dados da luta antiterrorista e da campanha militar - terrestre e aérea - contra o PKK tanto dentro da Turquia e quanto fora, em referência aos bombardeios de refúgios da guerrilha no norte do Iraque.
Desde a ruptura do cessar-fogo em julho, 5.359 "terroristas" do PKK foram "neutralizados", sendo que 3.583 foram mortos, 601 feridos, 601 capturados e 574 pessoas se entregaram.
A cúpula do PKK questionou o grande número de mortos. Não há fontes independentes para verificar as baixas nos combates que Exército turco livra há meses em várias cidades do sudeste da Turquia.
Um total de 215 soldados, 133 policiais e sete milicianos curdos pró-governo morreram nestes combates, de acordo com a mesma agência.
Além dos tiroteios e dos ataques contra delegacias, táticas clássicas do PKK, os militares enfrentam há meses jovens simpatizantes da guerrilha que defendem seus bairros no sudeste do país com armas leves e explosivos caseiros em uma luta de rua.
Nestes combates urbanos, 525 pessoas morreram, a maioria civil, de acordo com a apuração que o partido esquerdista e pró-curdo HDP, o terceiro maior do parlamento, divulgou ontem.
Além disso, a Polícia deteve 10.326 pessoas por supostos vínculos com o PKK, dos quais 3.387 passaram a prisão preventiva, segundo a "Anadolu".