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Tupi começa a produzir 100 mil barris diários no dia 28 de outubro

Produção atual é de 14.000 barris por dia

Para Gabrielli, queda nas ações da Petrobras nos últimos dias se deve a baixa generalizada no mercado, especialmente no setor de energia (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

Para Gabrielli, queda nas ações da Petrobras nos últimos dias se deve a baixa generalizada no mercado, especialmente no setor de energia (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 19h28.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, confirmou hoje que a produção do projeto-piloto do campo de Tupi vai subir de 14 mil barris de petróleo por dia para 100 mil barris por dia a partir de 28 de outubro. O plano de investimentos de US$ 224 bilhões da companhia até 2014 também foi confirmado pelo executivo, que explicou que a maior parte desse valor será coberta com recursos de caixa, capitalização já feita e geração de receita.

Gabrielli afirmou ainda que o índice de alavancagem deve subir para 30% nos próximos anos. Segundo ele, há hoje uma dívida de US$ 38 bilhões que pode ser rolada e há necessidade de contrair outra, também de cerca de US$ 38 bilhões, nos próximos cinco anos. "Não é algo que seja considerado impossível ou muito difícil", avaliou. "Nossa alavancagem, que é a razão dívida sobre capital próprio, está em 16%, 18%, e depois da nova (dívida) vai para 30%", afirmou durante entrevista coletiva ao final de sua participação no seminário "Pré-sal e o Rio Grande do Sul - Oportunidades para a Indústria, Trabalhadores e Sociedade", em Porto Alegre.

O presidente da Petrobras acredita que a queda das ações da petroleira nos últimos dias seja em decorrência de um movimento generalizado do mercado de capitais mundial, especialmente nas áreas das empresas de energia e de petróleo. "Como a Petrobras tem um volume de transações muito alto, é uma ação muito líquida ela tende a ter movimentos muitos mais intensos que outras companhias", afirmou. Quanto ao impacto nas ações após a megacapitalização da empresa, o executivo considera que se trata de "um processo de estabilização". Além disso, citou a mudança na cobrança de IOF sobre aplicações de renda fixa e variável no início de outubro como outro fator de estabilização das ações, devido a ajustes de carteira feitos pelos investidores internacionais.

Fornecedores

Gabrielli avisou ainda, a um público formado por empresários e estudantes, que a cadeia de fornecedores da Petrobras deve aumentar sua capacidade e qualidade para atender à demanda da empresa nas condições de prazo necessárias e a custos compatíveis com a tendência internacional. Uma das medidas tomadas para fazer a cadeia crescer e se qualificar é o programa Progredir, lançado em setembro. O presidente da Petrobras lembrou que, por acordo, seis bancos se disponibilizaram a aceitar como garantias para financiamento a empresas da segunda cadeia (provedores dos fornecedores da Petrobras) os contratos da primeira cadeia. Também citou os estudos que serão feitos com entidades empresariais para identificar áreas que possam ser supridas pela terceira cadeia de fornecedores.

"Estamos falando de aproximadamente 250 mil fornecedores e 500 mil contratos ao todo", calculou. Embora os fornecedores possam estar em todo o País, Gabrielli identificou como potenciais nichos do Rio Grande do Sul as áreas de mecânica, engenharia de motores e eletroeletrônica.

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