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Trump tenta superar polêmica com convocação ao patriotismo

"Quando abrimos nossos corações para o patriotismo, não há espaço para a intolerância, e não há tolerância para o ódio", indicou Trump

Donald Trump: quis encerrar a polêmica logo no início de um discurso para revelar sua estratégia para o Afeganistão (Drew Angerer/Getty Images)
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EFE

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 08h54.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , tentou nesta segunda-feira deixar para trás a polêmica causada por seus comentários sobre a violência racista em Charlottesville, na Virgínia, com uma convocação ao patriotismo como ferramenta para superar o ódio.

Trump quis encerrar a polêmica logo no início de um discurso para revelar sua estratégia para o Afeganistão. Sem mencionar Charlottesville, nem os supremacistas brancos, Trump sugeriu aos americanos que seguissem "o heroico exemplo" dos militares para encontrar "a inspiração que o país necessita para se unir, se curar, e continuar sendo uma só nação abaixo de Deus".

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"Quando abrimos nossos corações para o patriotismo, não há espaço para preconceitos, não há espaço para a intolerância, e não há tolerância para o ódio", indicou Trump.

"Os jovens, homens e mulheres, que enviamos para lutar nossas guerras merecem voltar para um país que não está em guerra consigo mesmo em casa. Não podemos continuar sendo uma força de paz para o mundo se não estamos em paz entre nós", acrescentou o presidente.

Trump argumentou que os soldados entendem algo do qual os Estados Unidos "se esquecem frequentemente como país: que um ferimento infligido em um único membro da comunidade é um ferimento infligido em todos".

"Quando uma parte dos Estados Unidos sofre, todos sofremos. E quando um cidadão sofre uma injustiça, todos sofremos lado a lado. A lealdade à nossa nação exige que tenhamos lealdade uns com os outros. O amor pelos Estados Unidos requer amor a toda sua gente", afirmou Trump.

Após uma fraca reação inicial no dia dos distúrbios violentos em Charlottesville, Trump condenou explicitamente os grupos neonazistas, mas, um dia depois, voltou atrás e disse que a culpa pelo ocorrido era tanto dos supremacistas brancos como dos manifestantes de esquerda.

Essas declarações lhe renderam críticas de nomes importantes dentro de seu próprio partido, além da renúncia de importantes empresários que formavam conselhos presidenciais que Trump se viu obrigado a dissolver após a saída de seus integrantes.

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