Trump reforça pedido de votos para candidato acusado de assédio
Roy Moore foi acusado de abusar sexualmente de várias adolescentes há quatro décadas e disputará as eleições ao Senado pelo Alabama
EFE
Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 18h11.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , elevou nesta sexta-feira seu tom ao pedir votos para Roy Moore, candidato republicano que foi acusado de abusar sexualmente de várias adolescentes há quatro décadas e que disputará as eleições ao Senado pelo Alabama na próxima terça-feira.
"A última coisa que a agenda do 'Make America Great Again' precisa é a um liberal-democrata no Senado, onde temos uma margem tão pequena para a vitória (...). VOTE ROY MOORE!", afirmou o presidente em sua conta no Twitter, em alusão a seu lema de campanha "Make America Great Again" ("Fazer os EUA grandes de novo").
Embora a princípio Trump tenha apoiado o oponente de Moore nas eleições primárias do partido, Luther Strange, nos últimos dias o presidente optou por apostar no polêmico candidato, com o objetivo de impedir que o Partido Democrata consiga mais uma cadeira na Câmara Alta.
No momento, os republicanos contam com 52 senadores contra 48 dos democratas, diferença que foi insuficiente na hora de desenvolver alguns dos projetos mais polêmicos de um presidente que nem sempre contou com o apoio unânime do seu partido.
Por este motivo, Trump optou na última segunda-feira por apoiar abertamente a candidatura de Moore, que foi acusado de assédio sexual por oito mulheres, entre elas várias que tinham entre 14 e 18 anos quando aconteceram os fatos, na década de 1970.
Nesse mesmo tweet publicado hoje, Trump voltou a atacar o candidato democrata, Doug Jones, a quem qualificou de "marionete" dos líderes democratas no Congresso e criticou por sua postura sobre os veteranos de guerra, a criminalidade, as armas e as fronteiras.
Apesar de ter pedido votos para Moore em diversas ocasiões, o presidente americano se negou a participar diretamente da campanha do candidato.
No entanto, o Trump fará hoje um discurso no município de Pensacola (Flórida), próximo à fronteira com o Alabama, onde pode voltar a pedir votos para o republicano.