Trump: Hoje nos comprometemos a combater juntos a epidemia das drogas, afirmou o presidente (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de setembro de 2018 às 14h53.
Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 14h57.
Nações Unidas - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira na ONU cooperação internacional para "desmantelar a produção de drogas" e "combater a epidemia" de dependência que custa a vida a milhões de pessoas no mundo todo.
"Todos nós devemos trabalhar juntos para desmantelar a produção de drogas e acabar com a dependência", afirmou Trump durante uma reunião multilateral sobre o problema das drogas convocada pelos EUA à margem da Assembleia Geral da ONU.
O breve ato na sede das Nações Unidas teve a presença de representantes de 130 países, que assinaram um documento no qual prometiam desenvolver "planos nacionais de ação" na luta contra as drogas.
"Nosso chamado à ação é simples: reduzamos a demanda de drogas, cortemos o fornecimento de drogas ilícitas, expandamos o tratamento (aos viciados) e fortaleçamos a cooperação internacional", explicou Trump.
"Se dermos estes passos juntos, podemos salvar as vidas de incontáveis pessoas em cada canto do mundo, e isso representa milhões e milhões de pessoas".
O presidente americano quis pôr o tema das drogas sobre a mesa na ONU devido à crise de dependência aos opiáceos, que deixa 175 mortos por dia por overdose nos EUA, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
"A dependência às drogas continua tirando muitas vidas nos EUA e no mundo todo. Hoje nos comprometemos a combater juntos a epidemia das drogas", afirmou Trump.
"A produção de cocaína e de ópio foi recorde. As mortes globais causadas pelo uso das drogas aumentaram 60% entre 2000 e 2015", lembrou o líder.
Trump acrescentou que os narcóticos estão "relacionados com o crime organizado, a corrupção e o terrorismo" e que "proporcionam o sustento financeiro de violento cartéis internacionais".
Nesse sentido, defendeu suas próprias medidas para "assegurar a fronteira" com o México, embora não tenha mencionado o polêmico muro que quer construir na divisa entre os países.
O presidente americano, sua embaixadora na ONU, Nikki Haley, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, foram os únicos que discursaram na reunião, copresidida por 31 países.