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Chanceler da Groenlândia ridiculariza Trump: "Ilha não está à venda"

Groenlândia, que pertence à Dinamarca, estaria na mira de Donald Trump, que teria desejos de comprá-la

Groenlândia: jornal americano disse que Trump manifestou a vontade de comprar a Groenlândia da Dinamarca (icarmen13/Getty Images)

Groenlândia: jornal americano disse que Trump manifestou a vontade de comprar a Groenlândia da Dinamarca (icarmen13/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 08h37.

Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 14h33.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu aos seus assessores da Casa Branca que descubram se é possível comprar a Groenlândia da Dinamarca, segundo informaram nesta quinta-feira vários veículos de imprensa americanos.

Estas informações indicam que Trump mencionou a questão diversas vezes nas últimas semanas durante reuniões e jantares.

O jornal "The Washington Post" afirma que na Casa Branca já foi discutida a legalidade da hipotética compra, do processo para incorporar um território e também de onde sairia o dinheiro para a aquisição.

A emissora "CNN", por sua vez, disse que Trump, um multimilionário que fez fortuna no desenvolvimento imobiliário, pediu ao advogado da Casa Branca, Pat Cipollone, que estude a possibilidade.

Ambos os veículos de imprensa comentaram que os assessores de Trump estão divididos entre os que acreditam que o líder fala seriamente de comprar a Groenlândia da Dinamarca e os que consideram tratar-se de um capricho passageiro.

As versões da imprensa não deixam claro qual é o motivo pelo qual Trump estaria interessado na compra da Groenlândia, embora alguns especulem seus recursos naturais e outros a importância geoestratégica pela proximidade ao Ártico.

Em resposta à situação, a ministra das Relações Exteriores da Groenlândia, Ane Lone Bagger, disse à Reuters nesta sexta-feira que a maior ilha do mundo não está à venda. "Estamos abertos para negócios, mas NÃO à venda".

A Groenlândia tem 75% de sua superfício coberta por gelo e os 2,1 milhões de quilômetros quadrados fazem dela a maior ilha do mundo, embora habitada por somente 56 mil pessoas, a maioria da etnia inuit.

Politicamente, a Groenlândia pertence à Dinamarca, embora trata-se de um território autônomo que desde 2009 maneja todas as competências exceto política externa, defesa e política monetária.

Os Estados Unidos ocuparam em 1941 a Groenlândia para evitar uma possível invasão nazista da ilha depois que os alemães ocuparam a Dinamarca, situação que se prolongou até o fim da guerra em 1945.

Em 1951, os Estados Unidos construíram na Groenlândia a estratégica Base Área de Thule, que ganhou especial importância durante a Guerra Fria.

Trump não seria o primeiro presidente americano a tentar comprar a Groenlândia, já que, segundo o "The Washington Post", Harry Truman (1945-1953) ofereceu US$ 100 milhões à Dinamarca pela ilha uma vez terminada a Segunda Guerra Mundial.

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