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Trump e Khan; Dilema nuclear…

Trump e o caso Khan O presidenciável republicano Donald Trump segue sendo criticado por suas declarações contra Humayun Khan, soldado americano de ascendência islâmica morto no Iraque em 2004. Trump questionou o fato de a mãe de Humayun, Ghazala, não ter dito nada na convenção democrata, dizendo que “talvez ela nem fosse autorizada a falar”. […]

KHIZR KHAN: a reação de Trump a seu depoimento foi duramente criticada por republicanos / Lucy Nicholson/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 18h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.

Trump e o caso Khan

O presidenciável republicano Donald Trump segue sendo criticado por suas declarações contra Humayun Khan, soldado americano de ascendência islâmica morto no Iraque em 2004. Trump questionou o fato de a mãe de Humayun, Ghazala, não ter dito nada na convenção democrata, dizendo que “talvez ela nem fosse autorizada a falar”. É a primeira vez que um presidenciável bate de frente com a família de um militar morto em combate. Candidato republicano à Presidência em 2008 e veterano do exército americano, o senador John McCain disse nesta segunda-feira que “não consegue enfatizar quanto discorda de Trump” no caso Khan e que espera que os americanos entendam que as declarações do magnata “não representam o Partido Republicano”.

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Reino Unido: dilema chinês

A primeira-ministra britânica, Theresa May, decidiu cancelar de última hora uma parceria com a China que iniciaria a construção de uma nova usina nuclear no Reino Unido — a Hinkley Point. Acordado no governo do ex-premiê David Cameron, o negócio de 24 bilhões de dólares seria financiado pela estatal China General Nuclear, enquanto os britânicos pagariam pela energia utilizada. O governo britânico anunciou nesta segunda-feira que vai “reavaliar” o projeto, mas continua querendo “uma relação forte” com a China. Em resposta, o governo chinês afirmou que espera que os britânicos tomem uma decisão “o mais rápido possível”.

Turquia convoca embaixador

O governo da Turquia chamou de volta seu embaixador na Alemanha nesta segunda-feira, depois de ver impedida a colocação de um telão que exibiria um pronunciamento do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, na cidade alemã de Colônia — onde 10.000 pessoas se reuniram em favor do governo turco no domingo 31. Contudo, também nesta segunda, autoridades turcas admitiram pela primeira que podem ter cometido excessos na punição aos conspiradores da tentativa de golpe militar que ocorreu no país em 15 de julho. Em tom conciliador, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, chegou a admitir que alguns cidadãos “foram vítimas de processos injustos”. Até agora, milhares de militares, jornalistas, professores e oficiais do governo foram presos ou processados, acusados de conspirar contra o governo.

Queda no turismo turco

Com tanta instabilidade política, a Turquia viu seu número de turistas cair 40% de 2014 a 2016, segundo um levantamento do Instituto Turco de Estatísticas. O estudo foi feito antes da tentativa de golpe militar e mostra que a queda dos 37 milhões de turistas que visitaram o país há dois anos é reflexo não só da crise política mas também de atentados recentes que deixaram centenas de mortos ou da disputa do governo com o grupo armado curdo PKK. Até o fim do ano, analistas preveem que a Turquia ganhará 5 bilhões de dólares a menos com turismo — o que poderá causar uma redução de 0,5% no PIB turco.

Uber e Didi na China

O aplicativo de transporte urbano Uber anunciou nesta segunda-feira a fusão de suas operações na China com o concorrente chinês Didi. Como parte do acordo, o Didi também se compromete a investir 1 bilhão nas operações globais da Uber. Além disso, investidores da Uber China terão 20% das ações da nova companhia após a fusão. Com valor de mercado estimado em 7 bilhões, segundo pessoas próximas à negociação, a Uber China fará o valor de mercado do Didi saltar para 35 bilhões. Por não conseguir competir com o Didi em terras chinesas, a Uber já teria perdido cerca de 2 bilhões na tentativa de alavancar seus negócios no país e poderá, agora, destinar seus esforços à expansão para outros locais.

Tesla confirma SolarCity

A montadora de carros elétricos Tesla concluiu a compra da fabricante de painéis solares SolarCity por 2,6 bilhões de dólares. Contudo, como a oferta final — de 25.37 dólares por ação — é 300 milhões menor do que a proposta inicial feita em junho, o acordo fez as ações de ambas as companhias caírem na bolsa. A decisão pelo novo valor veio depois de investidores da Tesla afirmarem que o acordo não era tão vantajoso para a companhia. Fundador das duas empresas e com ações em ambas, o executivo Elon Musk deseja, com a fusão, criar a maior companhia de energia solar do mundo e garantir a liderança nesse mercado.

Verizon compra mais uma

Maior companhia de internet sem fio dos Estados Unidos, a Verizon confirmou a compra da empresa de GPS Fleetmatics por 2,4 bilhões de dólares em dinheiro — totalizando 60 dólares por ação. Com sede em Massachusetts, a Fleetmatics desenvolve um sistema que mostra informações do carro, como uso de combustível e localização. Por meio da transação, a Verizon busca elevar sua participação na conexão Wi-Fi em veículos, aumentando a quantidade de dispositivos conectados à sua rede. O negócio acontece dias depois de a companhia americana concluir a comprar da companhia de serviços digitais Yahoo, por 4,83 bilhões de dólares.

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