Trump diz que EUA podem estar chegando ao topo de curva do coronavírus
Até a manhã desta quarta-feira (8), o país tinha cerca de 400 mil infectados
Reuters
Publicado em 8 de abril de 2020 às 07h29.
Última atualização em 8 de abril de 2020 às 16h03.
O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, disse nesta terça-feira que o país pode estar chegando ao topo da "curva" na pandemia do coronavírus, e disse não ter visto um aviso antecipado por escrito feito por de seus principais assessores da Casa Branca sobre a pandemia.
Até a manhã desta quarta-feira (8), o país tinha cerca de 400 mil infectados.
Trump afirmou estar relutante para falar sobre a questão, mas disse que o país pode estar a caminho de um resultado com menos mortes do que foi projetado. A força-tarefa de Trump para o coronavírus projetou, baseada em modelos, que até 240 mil pessoas nos Estados Unidos poderiam morrer na pandemia.
Trump reiterou que gostaria de reabrir a economia dos Estados Unidos.
"Queremos abrir em breve, é por isso que eu acredito que talvez estejamos chegando ao topo da curva", disse Trump.
O presidente afirmou que não tinha visto memorandos escritos pelo conselheiro comercial da Casa Branca Peter Navarro alertando sobre os riscos do coronavírus.
Navarro, conhecido pelo posicionamento linha dura em relação à China, enviou um comunicado no final de janeiro alertando que o novo coronavírus poderia criar uma pandemia e pediu uma proibição de viagem para a China, segundo noticiou o jornal New York Times. Um segundo memorando, escrito no final de fevereiro e enviado ao presidente, disse que a doença poderia matar até 2 milhões de norte-americanos.
Trump disse que tinha confiança em Navarro, que supervisiona questões relacionadas ao uso do Ato de Defesa de Produção pelo presidente para obter suprimentos necessários no combate à pandemia.
Trump redobrou suas críticas sobre como a Organização Mundial de Saúde tem lidado com o vírus e disse que os Estados Unidos vão suspender seu financiamento à organização. Pressionado sobre essa decisão, Trump então disse que está avaliando fazer isso, em vez de confirmar que seguirá adiante com a ameaça.