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Trump diz não ter opinião se foi espionado pelo Reino Unido

A Casa Branca mantém as acusações que Obama ordenou a espionagem de Trump, apesar dos encarregados de investigar o caso negarem ter evidências

Trump: "Eu não formei opinião sobre isso. Não deveriam atribuir (a sugestão) a mim, mas sim à 'Fox'", disse Trump (Mario Tama/Getty Images)
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EFE

Publicado em 17 de março de 2017 às 17h50.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , quis evitar a polêmica gerada pela sugestão da Casa Branca que um centro do serviço secreto do Reino Unido ajudou o ex-presidente Barack Obama a espioná-lo, uma acusação que irritou o governo britânico.

"Eu não formei opinião sobre isso. Não deveriam atribuir (a sugestão) a mim, mas sim à 'Fox'", disse Trump em entrevista coletiva, ressaltando que a Casa Branca se limitou a citar uma informação divulgada por um comentarista da emissora americana.

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"Não dissemos nada, só citamos o publicado pelo comentarista da 'Fox News', Andrew Napolitano", ressaltou Trump.

O presidente se referia a um episódio que começou ontem, quando o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, citou durante uma entrevista coletiva uma afirmação que tinha feito o comentarista da "Fox" sobre as acusações de Trump que Obama grampeou os telefones do atual presidente na Trump Tower de Nova York em 2016.

"Três fontes de inteligência informaram à 'Fox News' que o presidente Obama saltou a cadeia de comando para espionar Trump. Não usou a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA), não usou a CIA (Agência Central de Inteligência). Usou o GCHQ (Quartel Governamental de Comunicações)", disse Spicer ao citar as declarações de Napolitano.

O GCHQ, um grande complexo de comunicações do governo do Reino Unido na cidade de Cheltenham, no oeste da Inglaterra, trabalha em estreito contato com o MI-5 e o MI-6, os dois órgãos do serviço secreto britânico, e um de seus trabalhos mais importantes é o de defender o país de ameaças cibernéticas.

A Casa Branca confirmou hoje que o embaixador do Reino Unido nos Estados Unidos, Kim Darroch, e o assessor de segurança nacional do governo britânico, Mark Lyall, expressaram "preocupação" pelo fato em diferentes ligações para Spicer e para o assessor de segurança nacional de Trump, general H.R. McMaster.

"Spicer e o general McMaster explicaram que Spicer simplesmente estava citando uma informação pública, não respaldando uma informação em particular", indicou a Casa Branca em nota.

Em comunicado, algo pouco habitual no GCHQ, o órgão classificou as acusações da "FoxNews" de "ridículas" e "absoluto disparate".

A Casa Branca mantém as acusações, sem provas, que Obama ordenou a espionagem de Trump, apesar de os líderes do Senado e da Câmara dos Representantes encarregados de investigar o caso negaram ter evidências sobre a denúncia.

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