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Trump alerta Reino Unido a ter "muito cuidado" com Huawei e rede 5G

Os EUA levam tempo expressando suas suspeitas de que a Huawei é controlada pelo governo chinês e representa uma ameaça à segurança mundial

Trump: o presidente voltou a repetir suas críticas à estratégia de May para tirar o Reino Unido da União Europeia (UE) (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: o presidente voltou a repetir suas críticas à estratégia de May para tirar o Reino Unido da União Europeia (UE) (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de junho de 2019 às 11h16.

Estados Unidos — O presidente americano, Donald Trump, alertou o Reino Unido a ter "muito cuidado" com a participação da gigante tecnológica chinesa Huawei em sua rede 5G, em uma entrevista publicada neste sábado (01), antes de sua visita de Estado a Londres.

Perguntado sobre as informações que apontam que o Reino Unido concederá um papel limitado à companhia, Trump disse ao jornal The Sunday Times: "Há outras alternativas e é preciso ter muito cuidado do ponto de vista da segurança nacional".

E acrescentou: "vocês sabem que temos um grupo muito importante de compilação de Inteligência, que trabalhamos estreitamente com seu país [Reino Unido] e que devem ter muito cuidado".

Os Estados Unidos levam tempo expressando suas suspeitas de que a Huawei é controlada pelo governo chinês e que, portanto, representa uma ameaça à segurança mundial, algo que tanto a companhia quanto Pequim rejeitam firmemente.

O governo de Theresa May insiste em que ainda não foi tomada uma decisão sobre se a Huawei participará no desenvolvimento da rede 5G no Reino Unido.

Em entrevista na qual abordou várias questões, o presidente voltou a repetir suas críticas à estratégia de May para tirar o Reino Unido da União Europeia (UE).

A chefe de governo deixará o cargo em 7 de junho, após não ter conseguido alcançar um acordo sobre o Brexit.

Segundo Trump, seu sucessor - que ainda não foi eleito - deveria evitar as negociações sobre o divórcio com a UE se não alcançarem um acordo melhor.

"Eu iria embora. Se não conseguir o acordo que se quer, se não conseguir um acordo justo, vai embora", disse.

Um dia depois de ter apoiado o ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson como sucessor de May, Trump sugeriu que outro dos principais defensores do Brexit, Nigel Farage, deveria negociar com Bruxelas.

Na sua opinião, o eurofóbico Farage, que venceu as recentes eleições ao Parlamento Europeu em seu país, "tem muito a oferecer".

Trump se reunirá em Londres com a rainha Elizabeth II na segunda-feira no primeiro de três dias de visita de Estado em que também se encontrará com May e participará de uma cerimônia comemorativa pelos 75 anos do Desembarque na Normandia.

Estão previstos grandes protestos durante a visita do presidente americano e o prefeito de Londres, Sadiq Khan, considerou inadequado estender o tapete vermelho para sua chegada.

Em artigo no The Observer, Khan - que teve várias trocas de farpas no Twitter com Trump - disse que o presidente americano é "um dos exemplos mais ofensivos" da crescente ameaça da extrema direita.

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