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Tropas mercenárias liberam cidade russa de Rostov, diz governador

De acordo com Vasily Golubev, os mercenários deixaram a cidade acompanhadas por seu líder, Yevgeny Prigojin

A rebelião iniciada na noite de sexta-feira na Rússia foi o estopim de meses de confronto aberto entre Prigojin e o comando militar do Kremlin (STRINGER/AFP/Getty Images)

A rebelião iniciada na noite de sexta-feira na Rússia foi o estopim de meses de confronto aberto entre Prigojin e o comando militar do Kremlin (STRINGER/AFP/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 24 de junho de 2023 às 19h50.

As tropas amotinadas do grupo paramilitar Wagner se retiraram da cidade russa de Rostov-no-Don neste domingo (noite de sábado no Brasil), informou o governo regional russo.  De acordo com Vasily Golubev, os mercenários deixaram a cidade acompanhadas por seu líder, Yevgeny Prigojin — que autoridades russas disseram que se deslocará para a Bielorrússia.
"Uma coluna do Wagner deixou Rostov e foi em direção a seus acampamentos", informou Golubev em uma mensagem compartilhada pelo Telegram. A rebelião iniciada na noite de sexta-feira na Rússia foi o estopim de meses de confronto aberto entre Prigojin e o comando militar do Kremlin.
O líder paramilitar acusou o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, de ordenar ataques contra posições ocupadas pelos mercenários na Ucrânia, e começou um deslocamento de tropas em direção à capital russa para depor a cúpula militar.
Autoridades judiciais e o próprio presidente Vladimir Putin chegaram a se pronunciar, prometendo rigorosas punições contra Prigojin e seus homens, classificados como traidores, mas um acordo foi costurado pelo presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, para "evitar um banho de sangue".

De acordo com o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, Prigojin sairá da Rússia com destino a Minsk, enquanto soldados vinculados ao seu grupo paramilitar que não participaram da rebelião deverão assinar contratos com o Ministério da Defesa da Rússia, passando a responder diretamente a cadeia de comando militar russa.

Ele não deixou claro se a adesão ao novo contrato é opcional aos paramilitares ou não — e também não fez referência ao que aconteceria com os soldados amotinados.

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