Afeganistão: Apesar de a violência ser recorrente no sul do Afeganistão, a província de Nimroz não é uma das regiões mais conflituosas do país (Sabawoon Amarkhil/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2012 às 21h04.
Cabul - Pelo menos 29 pessoas morreram e 60 ficaram feridas nesta terça-feira no Afeganistão após uma série de atentados suicidas realizados em diferentes pontos de Zaranj, capital da província de Nimroz, informou o chefe da polícia provincial.
Segundo Mohamad Moussa Rasouli, as três explosões causadas por terroristas atingiram a cidade por volta das 8h50 (horário de Brasília).
Rasouli também ressaltou que dois dos ataques foram registrados no centro, um junto à sede de uma emissora de televisão e outro em um movimentado bazar, enquanto o terceiro ocorreu na entrada do hospital de Zaranj.
O balanço provisório do número de mortos é de 29 pessoas, 25 delas civis e quatro policiais, indicou o oficial à agência de notícias ''AIP''.
Segundo sua versão, os atentados foram coordenados e também deixaram feridos mais de 50 civis e 10 agentes, que foram transferidos a um hospital pelas forças de segurança.
Ahmad Bashir, testemunha de um dos ataques, disse à Agência Efe que ''muitas vítimas civis eram cidadãos que estavam fazendo compras para o Eid ul-Fitr'', a celebração que marca o fim do jejum do Ramadã.
Segundo fontes policiais consultadas pela Agência Efe, a série de atentados suicidas ocorreu depois que as forças de segurança afegãs matassem três insurgentes que planejavam cometer ações similares nesta mesma cidade. Na noite de ontem, as autoridades também prenderam outros dois possíveis terroristas suicidas.
Apesar de a violência ser recorrente no sul do Afeganistão, onde predomina a etnia ''pashtun'', da qual tradicionalmente fazem parte os insurgentes talibãs, a província de Nimroz não é uma das regiões mais conflituosas do país.
Mesmo com o aumento da violência no Afeganistão, as tropas da Otan mantêm sua retirada gradual do país, iniciada desde julho de 2011, transferindo a competência da segurança ao Exército e aos policiais afegãos. Se seguir os prazos previstos, este processo deverá ser concluído em 2014.