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Tribunal confirma prisão perpétua de Bo Xilai

A corte também revalidou a retirada de todos os direitos políticos do ex-dirigente chinês


	Político chinês Bo Xilai: Bo é o protagonista do maior escândalo político da potência asiática em décadas
 (Reuters)

Político chinês Bo Xilai: Bo é o protagonista do maior escândalo político da potência asiática em décadas (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 05h32.

Pequim - A Corte Suprema de Shandong, no leste da China, rejeitou nesta sexta-feira a apelação do ex-líder político Bo Xilai contra a sentença de prisão perpétua por corrupção e abuso de poder.

Ainda não se sabe se o ex-dirigente teve oportunidade de defender a apelação frente à corte.

Bo apelou da sentença de prisão perpétua no mesmo dia em que ela foi anunciada pelo Tribunal Popular Intermediário de Jinan (capital de Shandong), em 22 de setembro, apenas um mês depois do julgamento.

No processo judicial, que durou cinco dias (22-26 agosto), Bo negou de forma taxativa as três acusações que foram apresentadas contra ele: desvio de dinheiro, aceitação de suborno e abuso de poder.

Além de ratificar a prisão perpétua contra Bo, a corte revalidou a retirada de todos os direitos políticos do ex-dirigente chinês.

Bo é o protagonista do maior escândalo político da potência asiática em décadas. O expurgo de Bo é, por enquanto, o maior expoente - por seu peso político - de uma ampla campanha anticorrupção do governo da potência asiática, decidido a "tratar por igual os grandes tigres que tenham cometido crimes de corrupção", disse hoje a agência de notícias oficial do país, "Xinhua".

O presidente da China, Xi Jinping, utilizou em várias ocasiões a expressão de combater a corrupção tanto entre "os tigres (altos funcionários) como entre as moscas (cidadãos)".

Está previsto que a confirmação da sentença do Tribunal Supremo de Shandong seja o final definitivo do caso.

Em princípio, Bo "já não pode mais apelar, mas existe um direito, que todos os cidadãos chineses têm, sem importar o crime que foi cometido, que permitiria que Bo apelasse novamente, mas, apenas depois de passar por um período na prisão", disse à Agência Efe o advogado de direitos humanos Liu Xiao Yuan. 

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