Três vizinhos asiáticos se reúnem para discutir conversas com Kim Jong-un
ÀS SETE - Pela 1ª vez desde 2015, Japão, Coreia do Sul e China se encontram para discutir acordos trilaterais entre os países, com foco na Coreia do Norte
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2018 às 06h11.
Última atualização em 9 de maio de 2018 às 07h21.
Líderes de Japão, Coreia do Sul e China se encontram a partir de hoje para discutir acordos trilaterais entre os países, bem como a política do leste asiático .
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Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, e Li Keqiang, premiê chinês, chegam nesta quarta-feira a Tóquio, onde se encontram com o primeiro ministro Shinzo Abe para as conversas. É a primeira vez desde 2015 que os três países se encontram para conversas desse tipo.
Entre os principais pontos da pauta estará o andamento das conversas com a Coreia do Norte. No último mês, o ditador norte coreano Kim Jong-un viajou duas vezes à China e uma à Coreia do Sul para resolver os trâmites iniciais de um encontro com o presidente americano Donald Trump, que deve acontecer no final deste mês ou em junho.
As conversas sinalizam o caminho para um tratado de paz em meio à escalada das ameaças na península da Coreia. Ontem, quando anunciou a retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, Donald Trump afirmou que o novo secretário de Estado, Mike Pompeo, está a caminho da Coreia do Norte, onde deve negociar a desnuclearização do país e acertar trâmites da reunião por vir.
O encontro no Japão também pode servir para aquecer as relações entre os países, que andam morna nos últimos anos. Tóquio e Pequim se desentenderam em 2012 por conta da posse de um conjunto de ilhas não habitadas no Mar do Leste da China, depois que o Japão nacionalizou os territórios naquele ano.
Como os governos de Xi Jinping, na China, e de Abe, no Japão, são bastante nacionalistas, os dois países haviam deixado acordos bilaterais em segundo plano.
Li Keqiang irá permanecer no Japão após o encontro, e depois se reúne com o imperador Akihito. Do lado sul-coreano, as relações também estavam paradas: havia 6 anos que um líder da Coreia do Sul não ia ao Japão.