Trégua na Ucrânia é quebrada; número de mortos chega a 67
Confrontos ocorreram ao mesmo tempo que o presidente se reuniu com ministros europeus que pediram um acordo com os opositores
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 16h17.
Kiev - Novos confrontos ocorreram em Kiev nesta quinta-feira, quebrando a trégua declarada pelo presidente da Ucrânia , Viktor Yanukovich, ao mesmo tempo que o presidente apoiado pela Rússia se reuniu com ministros europeus que pediram um acordo com os opositores pró-União Europeia (UE).
Um fotógrafo da Reuters viu corpos de mais de 20 civis mortos na Praça da Independência, a algumas centenas de metros de onde o presidente se encontrou com os representantes da UE, depois que manifestantes que ocupam a praça há quase três meses jogaram coquetéis molotov e pedras para expulsar a polícia de choque do local.
O Departamento de Saúde da cidade Kiev disse que 67 pessoas foram mortas desde terça, o que significa que ao menos 39 pessoas morreram nos confrontos desta quinta.
O ministro interino do Interior, Vitaly Zakharschenko, afirmou que a polícia está equipada com armas de combate e as usaria "de acordo com a lei" para se defender, defender outras pessoas e libertar reféns. O ministério afirmou que os manifestantes mantêm 67 policiais como reféns.
Num sinal da redução do apoio a Yanukovich, o prefeito de Kiev, indicado pelo presidente, deixou o partido do governo em protesto contra a violência nas ruas.
Os ministros de Relações Exteriores da Alemanha, da França e de Portugal passaram a maior parte do dia em Kiev, em reunião com o presidente e prolongando a estada para se encontrar com líderes da oposição.
Eles enviaram um relatório provisório para os seus colegas da UE em Bruxelas, que estão reunidos para decidir se adotam sanções contra os considerados responsáveis pelas piores cenas de violência na Ucrânia desde que ela deixou a União Soviética há 22 anos.
A responsável pela política externa da UE, Catherine Ashton, declarou em Bruxelas que havia falado duas vezes com o trio de ministros em Kiev e que iria passar as impressões deles para os representantes da UE. Uma fonte do bloco disse em Moscou que os ministros veem uma chance de entendimento entre autoridades e oposição.
Um rascunho de uma declaração da UE preparada para reunião de Bruxelas defende "medidas direcionadas" contra indivíduos, embargo de armas e banimento de equipamentos de repressão.
A Rússia criticou as ações europeias e norte-americanas, as chamando de uma "chantagem" que só vai piorar as coisas. O presidente russo, Vladimir Putin, está enviando um representante a Kiev para tentar negociar com a oposição, a pedido de Yanukovich, segundo a agência de notícias RIA.
A chanceler alemã, Angela Merkel, fez um chamado para que Yanukovich aceitasse a oferta de mediação europeia.
Aumentando a pressão para que Yanukovich reinstaure a ordem, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que Moscou não vai ajudar financeiramente uma liderança que deixa oponentes passar por cima dela "como um capacho".
A Ucrânia está no meio de uma disputa geopolítica entre Moscou, que vê o país como um mercado importante e teme que protestos se espalhem para a Rússia, e o Ocidente, que diz que os ucranianos devem poder escolher livremente uma aliança econômica com a UE.
Os combates de quinta-feira, que duraram cerca de uma hora, aumentaram as preocupações de que a Ucrânia poderia entrar numa situação de guerra civil ou ser dividida entre o oeste pró-EU e o leste do país, que fala russo.
Um vídeo dos confrontos desta manhã mostrou os dois lados usando armas de fogo.
Kiev - Novos confrontos ocorreram em Kiev nesta quinta-feira, quebrando a trégua declarada pelo presidente da Ucrânia , Viktor Yanukovich, ao mesmo tempo que o presidente apoiado pela Rússia se reuniu com ministros europeus que pediram um acordo com os opositores pró-União Europeia (UE).
Um fotógrafo da Reuters viu corpos de mais de 20 civis mortos na Praça da Independência, a algumas centenas de metros de onde o presidente se encontrou com os representantes da UE, depois que manifestantes que ocupam a praça há quase três meses jogaram coquetéis molotov e pedras para expulsar a polícia de choque do local.
O Departamento de Saúde da cidade Kiev disse que 67 pessoas foram mortas desde terça, o que significa que ao menos 39 pessoas morreram nos confrontos desta quinta.
O ministro interino do Interior, Vitaly Zakharschenko, afirmou que a polícia está equipada com armas de combate e as usaria "de acordo com a lei" para se defender, defender outras pessoas e libertar reféns. O ministério afirmou que os manifestantes mantêm 67 policiais como reféns.
Num sinal da redução do apoio a Yanukovich, o prefeito de Kiev, indicado pelo presidente, deixou o partido do governo em protesto contra a violência nas ruas.
Os ministros de Relações Exteriores da Alemanha, da França e de Portugal passaram a maior parte do dia em Kiev, em reunião com o presidente e prolongando a estada para se encontrar com líderes da oposição.
Eles enviaram um relatório provisório para os seus colegas da UE em Bruxelas, que estão reunidos para decidir se adotam sanções contra os considerados responsáveis pelas piores cenas de violência na Ucrânia desde que ela deixou a União Soviética há 22 anos.
A responsável pela política externa da UE, Catherine Ashton, declarou em Bruxelas que havia falado duas vezes com o trio de ministros em Kiev e que iria passar as impressões deles para os representantes da UE. Uma fonte do bloco disse em Moscou que os ministros veem uma chance de entendimento entre autoridades e oposição.
Um rascunho de uma declaração da UE preparada para reunião de Bruxelas defende "medidas direcionadas" contra indivíduos, embargo de armas e banimento de equipamentos de repressão.
A Rússia criticou as ações europeias e norte-americanas, as chamando de uma "chantagem" que só vai piorar as coisas. O presidente russo, Vladimir Putin, está enviando um representante a Kiev para tentar negociar com a oposição, a pedido de Yanukovich, segundo a agência de notícias RIA.
A chanceler alemã, Angela Merkel, fez um chamado para que Yanukovich aceitasse a oferta de mediação europeia.
Aumentando a pressão para que Yanukovich reinstaure a ordem, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que Moscou não vai ajudar financeiramente uma liderança que deixa oponentes passar por cima dela "como um capacho".
A Ucrânia está no meio de uma disputa geopolítica entre Moscou, que vê o país como um mercado importante e teme que protestos se espalhem para a Rússia, e o Ocidente, que diz que os ucranianos devem poder escolher livremente uma aliança econômica com a UE.
Os combates de quinta-feira, que duraram cerca de uma hora, aumentaram as preocupações de que a Ucrânia poderia entrar numa situação de guerra civil ou ser dividida entre o oeste pró-EU e o leste do país, que fala russo.
Um vídeo dos confrontos desta manhã mostrou os dois lados usando armas de fogo.