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Terrorista de Nice pediu armas em mensagem antes de ataque

Seu interlocutor, um homem, já foi detido


	Atentado: "traz mais armas", pediu o reponsável em mensagem, minutos antes de atropelar dezenas de pessoas
 (Eric Gaillard/Reuters)

Atentado: "traz mais armas", pediu o reponsável em mensagem, minutos antes de atropelar dezenas de pessoas (Eric Gaillard/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2016 às 12h37.

Paris - O autor do massacre de Nice de quinta-feira enviou, justo antes de cometer o atentado, uma mensagem de texto de celular na qual pedia a seu interlocutor, um homem que já foi detido, que levasse "mais armas", revelou neste domingo a emissora "BFM TV".

"Traz mais armas", pediu em mensagem enviada em 14 de julho às 22h27 local (17h27, em Brasília), minutos antes de atropelar dezenas de pessoas com um caminhão, provocando 84 mortes.

O celular do terrorista foi achado na cabine do veículo depois que as forças da ordem lhe mataram para pôr fim ao ataque.

O jornal local "Nice Matin" acrescentou em seu site que os agentes examinam igualmente outra mensagem na qual o terrorista, o tunisiano Mohammed Lahouaiej Bouhlel, assegurava que já tinha "material".

Essas mensagens conduziram os agentes a um endereço no centro da cidade, que foi revistado "com infinitas precauções".

Segundo "Nice Matin", não foi descoberto no local nem armas e nem artefatos e na noite dos ataques também não houve nenhuma detenção.

O mesmo jornal assegura que um vizinho de Bouhlel disse que este estava marcado "por uma separação que não aceitava" e que disse várias vezes que "iam ouvir falar dele".

O envio dessas mensagens dá a entender a existência de cúmplices nesse ataque, realizado em plena celebração da Festa Nacional francesa e reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Os investigadores detiveram sete pessoas de seu entorno próximo, uma delas sua ex-mulher, da quem estava se divorciando, e que hoje foi posta em liberdade.

Outras testemunhas foram interrogadas também. Desses interrogatórios se entende que Lahouaiej, com um passado de criminalidade e violência de gênero, mas sem nenhuma detenção, se radicalizou recentemente e muito rápido. 

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