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Tepco detecta altos níveis de radiação no fundo do mar em Fukushima

Companhia quer instalar um dispositivo mineral que absorve substâncias radioativas, para reduzir probabilidades de contaminação

Não se sabe que impacto pode ocorrer com a vida marinha depois do vazamento da usina (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)

Não se sabe que impacto pode ocorrer com a vida marinha depois do vazamento da usina (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h39.

Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, informou nesta quarta-feira que tentará reduzir a quantidade de material radioativo no fundo do mar perto da central, após ter detectado níveis de radiação entre 100 e 1 mil vezes superiores ao normal.

Por isso, a empresa quer instalar neste mês, em frente à usina, um dispositivo de depuração com zeólita, um mineral que absorve substâncias radioativas, para reduzir a contaminação na água do mar, informou nesta quarta-feira a cadeia "NHK".

As amostras do estudo, tomadas na semana passada em dois pontos diferentes a uma profundidade entre 20 e 30 metros, continham entre 1.400 e 1.200 becquerel por quilo de césio-137 e césio-134 e entre 98 e 190 becquerel de iodo-131.

As duas localizações ficam a cerca de três quilômetros das costas dos povoados de Minamisoma e Naraha, 15 quilômetros ao norte e 20 ao sul da central, respectivamente.

As substâncias ficaram depositadas no oceano após serem expelidas ao ar pela usina ou depois de terem sido arrastadas pelos vazamentos de água contaminada que chegaram ao mar, segundo a Tepco.

Na segunda-feira, a empresa detectou nível de iodo radioativo 5.800 maior que o permitido em uma mostra de água do reator 2, que sofreu vazamentos nos dias posteriores ao terremoto e tsunami de 11 de março.

A Tepco acredita ser difícil avaliar os resultados das amostras, pois não existem limites legais quanto à presença destas substâncias no leito do oceano, e diz que continuará estudando o impacto destes níveis na vida marinha.

Já o Ministério de Ciência japonês não detectou nenhuma substância radioativa em medições realizadas no fundo do mar, uma 50 quilômetros ao sul da central e a outra 200 quilômetros ao norte de Tóquio.

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