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Tensão aumenta em Hong Kong após manifestante ser espancado

Segundo autoridades, policiais envolvidos em agressões físicas contra manifestantes pró-democracia serão afastados de seus cargos

Ken Tsang Kin-chiu, manifestante agredido em Hong Kong: polícia disse ter detido 45 manifestantes nas primeiras horas do dia (Stringer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 09h23.

Hong Kong - Autoridades de Hong Kong disseram nesta quarta-feira que os policiais envolvidos em agressões físicas contra manifestantes pró-democracia seriam afastados de seus cargos, após imagens de um incidente ocorrido durante a noite terem se espalhado pela Internet , suscitando reações de revolta em alguns legisladores e no público.

A polícia disse ter detido 45 manifestantes nas primeiras horas do dia, usando spray de pimenta contra os que resistiam, enquanto liberava uma das principais vias da cidade, que havia sido bloqueada com blocos de concreto por manifestantes pró-democracia. Vários policiais pareceram bater e chutar por vários minutos em um manifestante algemado após arrastá-lo para uma esquina mal iluminada próxima ao local de protestos, mostraram imagens transmitidas pela TV TVB.

O secretário de Segurança de Hong Kong, Lai Tang-Kwok, disse em uma coletiva de imprensa que iria investigar o suposto uso de força excessiva. Os policiais mostrados no vídeo vão ser afastados de suas funções, acrescentou Tang-Kwok.

O ultraje diante das agressões pode angariar apoio ao movimento democrático na ex-colônia britânica, onde os protestos contra as restrições do governo chinês sobre o formato de escolha do próximo líder da cidade em 2017, iniciados há mais de duas semanas, chegaram a reunir cerca de 100 mil pessoas, mas diminuíram para algumas centenas.

Alan Leong, líder do Partido Cívico pró-democracia, identificou a pessoa agredida no vídeo como Ken Tsang Kin-chiu e disse que ele era um membro do partido. O parlamentar do Partido Cívico Dennis Kwok, que é o advogado que representa Tsang, disse que a polícia também espancou seu cliente dentro de uma delegacia policial.

Tsang foi encaminhado a um hospital, disse Kwok. Tsang é um assistente social. A Associação de Assistentes Sociais de Hong Kong afirmou que planeja uma passeata de protesto até a sede da polícia durante a noite. Fotografias mostrando Tsang com o rosto e o corpo machucados, divulgadas por ativistas pró-democracia, causaram uma onda de revolta e condenação.

O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que os policiais envolvidos no que parece ter sido "um ataque covarde contra um homem detido" têm de ser julgados.

A polícia, sem se referir a Tsang, disse em comunicado que usou força mínima, incluindo spray de pimenta, para dispersar manifestantes que se aglomeraram ilegalmente durante a noite.

A operação policial foi a mais dura contra os protestos, organizados sobretudo por estudantes, na última semana e ocorreu depois que manifestantes invadiram um túnel de quatro faixas na terça-feira à noite, interrompendo o trânsito e pedindo o sufrágio universal.

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Hong Kong - Autoridades de Hong Kong disseram nesta quarta-feira que os policiais envolvidos em agressões físicas contra manifestantes pró-democracia seriam afastados de seus cargos, após imagens de um incidente ocorrido durante a noite terem se espalhado pela Internet , suscitando reações de revolta em alguns legisladores e no público.

A polícia disse ter detido 45 manifestantes nas primeiras horas do dia, usando spray de pimenta contra os que resistiam, enquanto liberava uma das principais vias da cidade, que havia sido bloqueada com blocos de concreto por manifestantes pró-democracia. Vários policiais pareceram bater e chutar por vários minutos em um manifestante algemado após arrastá-lo para uma esquina mal iluminada próxima ao local de protestos, mostraram imagens transmitidas pela TV TVB.

O secretário de Segurança de Hong Kong, Lai Tang-Kwok, disse em uma coletiva de imprensa que iria investigar o suposto uso de força excessiva. Os policiais mostrados no vídeo vão ser afastados de suas funções, acrescentou Tang-Kwok.

O ultraje diante das agressões pode angariar apoio ao movimento democrático na ex-colônia britânica, onde os protestos contra as restrições do governo chinês sobre o formato de escolha do próximo líder da cidade em 2017, iniciados há mais de duas semanas, chegaram a reunir cerca de 100 mil pessoas, mas diminuíram para algumas centenas.

Alan Leong, líder do Partido Cívico pró-democracia, identificou a pessoa agredida no vídeo como Ken Tsang Kin-chiu e disse que ele era um membro do partido. O parlamentar do Partido Cívico Dennis Kwok, que é o advogado que representa Tsang, disse que a polícia também espancou seu cliente dentro de uma delegacia policial.

Tsang foi encaminhado a um hospital, disse Kwok. Tsang é um assistente social. A Associação de Assistentes Sociais de Hong Kong afirmou que planeja uma passeata de protesto até a sede da polícia durante a noite. Fotografias mostrando Tsang com o rosto e o corpo machucados, divulgadas por ativistas pró-democracia, causaram uma onda de revolta e condenação.

O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional disse que os policiais envolvidos no que parece ter sido "um ataque covarde contra um homem detido" têm de ser julgados.

A polícia, sem se referir a Tsang, disse em comunicado que usou força mínima, incluindo spray de pimenta, para dispersar manifestantes que se aglomeraram ilegalmente durante a noite.

A operação policial foi a mais dura contra os protestos, organizados sobretudo por estudantes, na última semana e ocorreu depois que manifestantes invadiram um túnel de quatro faixas na terça-feira à noite, interrompendo o trânsito e pedindo o sufrágio universal.

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