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Talibãs negam início de conversas de paz com governo afegão

Chefe do Executivo afegão diz que diálogos com talibãs começarão logo, mas o grupo afirma que a extensão da missão norte-americana afetaria o fim dos conflitos

Afeganistão: em 2014, foram registradas cerca de 3,7 mil mortes e 7 mil pessoas ficaram feridas entre a população civil, segundo a ONU (Mustafa Andaleb/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 15h50.

Cabul - Os talibãs negaram nesta segunda-feira o início de negociações com o governo afegão e afirmaram que os Estados Unidos estão criando obstáculos para um processo de paz com a revisão da retirada das tropas americanas prevista para o final de 2016.

O chefe do Executivo afegão, Abdullah Abdullah, disse hoje em um Conselho de Ministros que o diálogo de paz com o grupo insurgente "começará em um futuro próximo", um anúncio que os talibãs rejeitaram em comunicado.

"Afirmamos repetidamente que as informações que não são anunciadas por membros do Emirado Islâmico do Afeganistão (nome com o qual era conhecido o país durante o período talibã) não são certas e não têm base", indicou o grupo.

Em outro texto publicado hoje em seu site, os insurgentes indicaram que o anúncio realizado no sábado em Cabul pelo secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, no qual afirmou que os Estados Unidos vão "replanejar" o alcance da missão de suas tropas no Afeganistão "fará com que nosso amado país arda mais anos".

"É uma bofetada na cara da reconciliação afegã. É um hábito dos Estados Unidos sabotar os esforços de reconciliação e paz no Afeganistão em seus períodos iniciais", indicaram.

O processo de paz afegão está em ponto morto desde o fracasso em 2013 da segunda iniciativa de diálogo impulsionada pelos EUA no Catar, onde os talibãs abriram uma delegação oficial, embora as negociações não chegaram a cristalizar.

O Afeganistão atravessa um de seus piores momentos quanto à violência, já que em 2014 foram registradas cerca de 3,7 mil mortes e 7 mil pessoas ficaram feridas entre a população civil, de acordo com dados das Nações Unidas.

Os dados refletem o aumento de uma violência que foi acentuando à medida que se aproximava 31 de dezembro, data na qual encerrou a missão de combate da Otan no país, a Isaf, que em 1º de janeiro foi substituída pela operação "Apoio Decidido".

Por sua vez, os Estados Unidos mantêm quase 11 mil soldados em missão antiterrorista e de combate.

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Cabul - Os talibãs negaram nesta segunda-feira o início de negociações com o governo afegão e afirmaram que os Estados Unidos estão criando obstáculos para um processo de paz com a revisão da retirada das tropas americanas prevista para o final de 2016.

O chefe do Executivo afegão, Abdullah Abdullah, disse hoje em um Conselho de Ministros que o diálogo de paz com o grupo insurgente "começará em um futuro próximo", um anúncio que os talibãs rejeitaram em comunicado.

"Afirmamos repetidamente que as informações que não são anunciadas por membros do Emirado Islâmico do Afeganistão (nome com o qual era conhecido o país durante o período talibã) não são certas e não têm base", indicou o grupo.

Em outro texto publicado hoje em seu site, os insurgentes indicaram que o anúncio realizado no sábado em Cabul pelo secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, no qual afirmou que os Estados Unidos vão "replanejar" o alcance da missão de suas tropas no Afeganistão "fará com que nosso amado país arda mais anos".

"É uma bofetada na cara da reconciliação afegã. É um hábito dos Estados Unidos sabotar os esforços de reconciliação e paz no Afeganistão em seus períodos iniciais", indicaram.

O processo de paz afegão está em ponto morto desde o fracasso em 2013 da segunda iniciativa de diálogo impulsionada pelos EUA no Catar, onde os talibãs abriram uma delegação oficial, embora as negociações não chegaram a cristalizar.

O Afeganistão atravessa um de seus piores momentos quanto à violência, já que em 2014 foram registradas cerca de 3,7 mil mortes e 7 mil pessoas ficaram feridas entre a população civil, de acordo com dados das Nações Unidas.

Os dados refletem o aumento de uma violência que foi acentuando à medida que se aproximava 31 de dezembro, data na qual encerrou a missão de combate da Otan no país, a Isaf, que em 1º de janeiro foi substituída pela operação "Apoio Decidido".

Por sua vez, os Estados Unidos mantêm quase 11 mil soldados em missão antiterrorista e de combate.

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