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Talibã nomeia enviado à ONU e pede para falar a líderes mundiais

O ministro das Relações Exteriores do Taliban, Amir Khan Muttaqi, fez o pedido em uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na segunda-feira

Porta-voz do Taliban, Suhail Shaheen, em Moscou. (Tatyana Makeyeva/Reuters)
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Reuters

Publicado em 21 de setembro de 2021 às 21h26.

Última atualização em 21 de setembro de 2021 às 21h27.

O Taliban pediu para se pronunciar aos líderes mundiais na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York nesta semana, e nomeou seu porta-voz Suhail Shaheen, radicado em Doha, como embaixador do Afeganistão na ONU, de acordo com uma carta vista pela Reuters na terça-feira.

O ministro das Relações Exteriores do Taliban, Amir Khan Muttaqi, fez o pedido em uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na segunda-feira. Muttaqi pediu para falar durante o encontro anual de líderes da Assembleia-Geral.

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O porta-voz de Guterres, Farhan Haq, confirmou a carta de Muttaqi. A medida estabelece um conflito com Ghulam Isaczai, embaixador na ONU em Nova York representando o governo afegão derrubado no mês passado pelo Taliban.

Haq disse que os pedidos rivais pela vaga do Afeganistão na ONU foram enviados a um comitê de credenciais de nove membros, entre eles Estados Unidos, China e Rússia. O comitê não deve se reunir sobre a questão antes da segunda-feira, então é incerto que o ministro do Taliban fale diante da Assembleia-Geral.

A aceitação de um eventual embaixador do Taliban na ONU seria um passo importante para a proposta de reconhecimento internacional do grupo islâmico de linha dura, que pode ajudar a desbloquear verbas necessárias para ajudar a empobrecida economia afegã.

Guterres disse que o desejo do Taliban por reconhecimento internacional pode ser o único poder de barganha que outros países tenham para pressionar o governo e pedir o respeito por direitos, especialmente para as mulheres, no Afeganistão.

A carta do Taliban diz que a missão de Isaczai "foi considerada encerrada, e ele não representa mais o Afeganistão", disse Haq.

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