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Taiwan descarta presença de resíduos nucleares em suas águas

Segundo documentos, um empresário teria jogado barris de resíduos radioativos norte-coreanos nas águas de Taiwan, Somália e Mediterrâneo por volta de 1995

Mar de Taiwan: o país organizou um grupo especial interministerial encarregado do acompanhamento das inspeções (Ashley Pon/Getty Images)
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EFE

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 14h05.

Taipé - O Conselho de Energia Atômica (CEA) de Taiwan assegurou nesta sexta-feira que não tinha encontrado vestígio algum de contaminação radioativa procedente de supostos resíduos nucleares norte-coreanos lançados ao mar por um empresário italiano nas proximidades da ilha.

Segundo documentos do serviço de inteligência italiano, desclassificados no começo deste mês, o empresário italiano Giorgio Comercio jogou barris de resíduos radioativos norte-coreanos nas águas de Taiwan, Somália e Mediterrâneo por volta de 1995.

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Após a notícia ser conhecida, o CEA ordenou uma investigação, mas não detectou prova alguma da existência em águas taiuanesas desses resíduos, calculados em cerca de 200 mil barris segundo os documentos italianos.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou em várias ocasiões de que Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, União Soviética e Rússia jogaram resíduos radioativos na parte norte do Pacífico, mas não perto de Taiwan, segundo o CEA.

Taiwan nunca jogou resíduos nucleares em suas águas, por isso que não deve haver contaminação radioativa nos mares que rodeiam a ilha, afirmou o CEA.

Apesar de que não terem sido detectadas radiações anormais, não se pode descartar com total segurança a existência desses resíduos nucleares, por isso que continuarão sendo feitos testes e inspeções, comunicou a organização do órgão.

Taiwan organizou um grupo especial interministerial encarregado do acompanhamento das inspeções nas águas próximas para detectar qualquer radiação anormal, acrescentou a fonte.

O território dispõe de quatro usinas nucleares, mas a última não entrou em funcionamento, e o governo espera que as demais deixem de funcionar até 2025, enquanto estuda como manejar os resíduos de suas centrais.

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