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Suu Kyi deseja disputar a eleição presidencial em Mianmar

A eleição prevista para 2015 é considerada a primeira disputa livre no país em mais de meio século


	Aung San Suu Kyi em Naypyidaw: "quero ser candidata à presidência e sou bastante clara sobre o tema", disse 
 (Soe Than Win/AFP)

Aung San Suu Kyi em Naypyidaw: "quero ser candidata à presidência e sou bastante clara sobre o tema", disse  (Soe Than Win/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 11h18.

Naypyidaw - A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, declarou nesta quinta-feira que deseja disputar a presidência nas eleições de 2015.

"Quero ser candidata à presidência e sou bastante clara sobre o tema", disse no Fórum Econômico Mundial sobre o leste da Ásia, celebrado na capital de Mianmar, Naypyidaw.

A Prêmio Nobel da Paz é deputada desde as eleições legislativas parciais de 2012.

Antes, Suu Kyi passou 15 anos em prisão domiciliar durante o antigo regime da junta militar.

Ela já havia dado a entender em várias ocasiões que pretende disputar a presidência nas eleições legislativas.

"Se afirmasse que não quero ser presidente, não seria honesta", disse para quase mil pessoas procedentes de mais de 50 países para o "Davos asiático".

Ela recordou, no entanto, que a atual Constituição impende um birmanês casado com um estrangeiro de aspirar o cargo de chefe de Estado, que será atribuído pelo Parlamento resultante das eleições.

O falecido marido da Prêmio Nobel, Michael Aris, era britânico, assim como seus dois filhos.

"Para que eu possa ser eleita à presidência, seria necessária uma emenda da Constituição", disse Aung San Suu Kyi.

A defensora da democracia conseguiu passar de inimiga número um da junta birmanesa a líder da oposição parlamentar.

Uma evolução estimulada pelo presidente, Thein Sein, que chegou ao poder em março de 2011 depois da 'autodissolução' da junta e que lidera um programa reformista, que obteve a suspensão das sanções ocidentais.

O partido de Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), conquistou 43 das 44 cadeiras disputadas nas eleições parciais do ano passado, o que a aponta como grande favorita para as próximas eleições.

O partido majoritário, USDP, criado pela junta que deixou o poder, parece condenado a uma derrota.

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