Suécia recomenda quarta dose de vacina contra covid para idosos
A recomendação aplica-se também às pessoas que recebem cuidados médicos domiciliares, independentemente da idade
AFP
Publicado em 14 de fevereiro de 2022 às 10h50.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2022 às 11h46.
As autoridades de saúde da Suécia recomendaram, nesta segunda-feira, 14, a inoculação de uma quarta dose da vacina contra a covid-19 a todas as pessoas com mais de 80 anos, bem como às que residem em lares de idosos, independentemente da idade.
Pouquíssimos países do mundo lançaram campanhas de uma quarta dose, já que as correspondentes à terceira ainda estão em andamento, para alcançar a imunidade (coletiva) contra o vírus.
Esta recomendação aplica-se também às pessoas que recebem cuidados médicos domiciliares, independentemente da idade, segundo a Autoridade de Saúde Pública, que define a estratégia deste país nórdico contra a covid-19.
Além disso, especifica que esta nova vacina de reforço deve ser inoculada pelo menos quatro meses após o recebimento de uma terceira.
"A capacidade do sistema imunológico de reagir à vacina para criar proteção duradoura diminui com a idade. Um reforço aumenta essa proteção", explicou Anders Tegnell, epidemiologista-chefe sueco, em comunicado.
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Outros países, como Israel, Dinamarca e Espanha, também anunciaram que implementarão uma quarta dose para pessoas vulneráveis e/ou idosas.
No entanto, a Dinamarca deixou claro na sexta-feira que não planeja inocular uma quarta dose em outros grupos de sua população, nem uma terceira aos menores de 18 anos.
As autoridades sanitárias dinamarquesas indicaram que estão trabalhando "para conceber um plano para parar a vacinação", cujo calendário será divulgado no final de fevereiro.
Na Suécia, mais de 85% das pessoas com mais de 80 anos receberam uma terceira dose da vacina, assim como quase 55% das pessoas com mais de 18 anos.
Em 9 de fevereiro, o mais populoso dos países nórdicos levantou todas as suas restrições contra o coronavírus, apesar de um grande número de casos devido à variante ômicron, argumentando que a proteção resultante da vacinação levou a pandemia “para uma nova fase”.
Precisamente, a Suécia distinguiu-se durante a pandemia, na sua primeira fase em particular, pela flexibilidade na sua estratégia sanitária, sem impor confinamentos ou o uso de máscaras.
Com quase 16,5 mil mortes em pouco mais de 10 milhões de habitantes, o seu saldo é ligeiramente inferior à média europeia, mas claramente superior ao de seus vizinhos nórdicos (Dinamarca, Noruega e Finlândia).