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Suécia pede explicação aos EUA por alusão de Trump a atentado

A embaixada sueca em Washington entrou em contato com o departamento de Estado para esclarecer a qual suposto atentado Trump se referia

Trump: "Temos que manter nosso país a salvo. Vejam o que ocorreu na Alemanha, o que ocorreu na noite passada na Suécia", disse o presidente americano (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 14h32.

Berlim - O Ministério das Relações Exteriores sueco pediu ao Departamento de Estado americano neste domingo uma explicação sobre as palavras do presidente Donald Trump , que ontem falou perante milhares de seguidores sobre um suposto ataque terrorista ocorrido na Suécia.

A embaixada sueca em Washington entrou em contato com o departamento de Estado americano para esclarecer a qual suposto atentado terrorista Trump se referia, informa o site do jornal sueco "Aftonbladet".

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A frase do presidente americano provocou um grande rebuliço na Suécia e inclusive o ex-primeiro-ministro do país, Carl Bildt se perguntou neste domingo, através de sua conta no Twitter, "o que ele fumou?" quando insinuou isso.

"A Suécia? Um ataque terrorista? O que ele fumou?", escreveu Bildt nesta rede social, em referência à frase pronunciada por Trump, na qual falava sobre o "ocorrido ontem à noite" no país escandinavo.

"Vocês veem o que está acontecendo?", disse Trump perante milhares de seguidores em um comício na Flórida: "Temos que manter nosso país a salvo. Vejam o que ocorreu na Alemanha, o que ocorreu na noite passada na Suécia", acrescentou.

Trump relacionou, aparentemente, o atentado jihadista contra uma feira de Natal em Berlim, onde morreram 12 pessoas, com um hipotético ato parecido no país escandinavo.

O presidente americano mencionou outros ataques, como os de Bruxelas e Nice, para refletir. "A Suécia, quem iria imaginar", em uma tentativa de destacar que trata-se de um país seguro.

Nesse mesmo comício, Trump tinha disparado contra os meios de comunicação e se comprometeu a seguir combatendo o que qualificou de "mentiras", como fez nas primárias e nas eleições presidenciais.

"Apesar de todas suas mentiras e suas falsas histórias, não puderam nos derrotars nas primárias e não puderam nos derrotar nas eleições", disse Trump perante cerca de 9 mil seguidores.

A frase relativa ao suposto atentado na Suécia, seguida do comentário de Bildt -ex-primeiro-ministro e ex-ministro das Relações Exteriores-, gerou todos os tipos de comentários irônicos no país escandinavo, sob a hashtag #LastNightInSweden.

Aparecem assim comentários nos quais especula-se sobre um "roubo de massa de croquetes", acidentes sem maiores consequências ou centenas de casos de dentes quebrados por comer pão duro, combinados com outros que denunciam a suposta manipulação informativa de Trump.

O caso segue causando rebuliço por uma foto postada nas redes sociais da vice-primeira-ministra sueca e titular de Clima, a ecologista Isabella Lövin, junto com sete colaboradoras suas, em alusão à equipe eminentemente masculina que rodeia a Trump.

A mensagem de Lövin respondeu a uma imagem do presidente dos Estados Unidos, rodeado só por homens e assinando o decreto que proíbe destinar recursos federais a grupos internacionais que proporcionam informação sobre abortos, uma foto que recebeu várias críticas nas redes.

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