Steve Bannon: ex-estrategista de Trump se entrega para cumprir pena por desacato
Assessor político de Donald Trump em 2016 foi levado sob custódia nesta segunda-feira
Repórter da Home
Publicado em 1 de julho de 2024 às 13h40.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 14h08.
Steve Bannon foi levado sob custódia nesta segunda-feira, 1º, após se entregar em uma prisão federal para iniciar uma sentença de quatro meses, sob acusação de desacato por descumprir uma intimação na investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio dos EUA .
Arquiteto da campanha de Donald Trump em 2016, Bannon chegou ao Federal Correctional Institution em Danbury, Connecticut, nesta manhã e foi formalmente levado pelos guardas, informou o Departamento de Prisões.
Bannon é o segundo ex-assessor do republicano a ser preso por desrespeitar uma intimação do Congresso, seguindo o exemplo de Peter Navarro, que começou a cumprir uma pena de quatro meses no início deste ano.
Os dois homens foram condenados por não cumprirem as intimações emitidas pelo Comitê Seleto da Câmara que investigou os ataques de 6 de janeiro de 2021. Nesta sexta-feira, 28, a Suprema Corte rejeitou um recurso de Bannon para evitar sua prisão enquanto ele contesta sua condenação no tribunal federal de apelações em Washington.
Segundo informações da Associated Pres s, Bannon afirmou que não estava desrespeitando o comitê da Câmara, mas seguindo o conselho de seus advogados em não responder à intimação até que os legisladores resolvessem as reivindicações de privilégio executivo feitas por Donald Trump sobre o assunto. No entanto, os tribunais não permitiram que ele apresentasse esse argumento ao júri que julgou seu caso.
Quem é Steve Bannon?
Steve Bannon, de 70 anos, foi um dos diretores do portal de notícias Breitbart News, até deixar o cargo para ser executivo-chefe da campanha eleitoral de Donald Trump, em 2016.
Após o republicano vencer as eleições daquele ano, Bannon atuou como o principal estrategista político de Trump durante os primeiros sete meses de sua administração e deixou o cargo devido a supostos conflitos com outros altos funcionários.
Em 2020, foi acusado de fraude e lavagem de dinheiro por desviar milhões de dólares de doadores que seriam destinados à construção de um muro entre Estados Unidos e México.