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Social-democratas cogitam negociar com extrema-direita na Áustria

O líder da legenda e ainda chanceler, Christian Kern, fez a revelação de que considera negociar em uma reunião da direção do partido

Christian Kern: nem todos no SPÖ estão de acordo sobre as duas opções de coalizão que permitiriam a manutenção do partido no poder (Leonhard Foeger/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 11h49.

Viena - O Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ, sigla em alemão) afirmou nesta segunda-feira que está disposto a negociar sua eventual participação em uma coalizão de governo tanto com o Partido Popular (ÖVP), ganhador das eleições antecipadas de domingo, como com os nacionalistas de extrema-direita do FPÖ.

O líder da legenda e ainda chanceler, Christian Kern, fez essa revelação em uma reunião da direção do partido.

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Nas legislativas de domingo, o SPÖ caiu para o segundo lugar, com o 26,9% dos votos, segundo os resultados provisórios, entre um e dois pontos à frente do FPÖ.

No entanto, nem todos no SPÖ estão de acordo com as duas opções de coalizão que permitiriam a manutenção do partido no poder e, inclusive, alguns querem rumar para a oposição, segundo a agência "APA".

Kern, que conta com o apoio de poderosos sindicatos e de grupos regionais de seu partido para suas propostas de coalizão, ressaltou que a base de qualquer negociação será um catálogo de critérios e um sistema de valores da social-democracia.

No entanto, um dos integrantes de mais peso da cúpula do partido, o prefeito de Viena, Michael Häupl, reiterou sua rejeição a uma eventual aliança com FPÖ, por causa das posições xenofóbicas e eurocéticas deste grupo político opositor.

Häupl pediu hoje que seja respeitada uma velha resolução interna do partido contra qualquer aliança com a extrema-direita em nível nacional.

O SPÖ conseguiu manter a duras penas o apoio obtido nas legislativas de 2013 contra seus atuais sócios minoritários de governo do ÖVP, que obtiveram um enorme impulso graças a seu novo e jovem líder, Sebastian Kurz.

O início formal das negociações para a formação do novo Executivo entrou em compasso de espera até que se saiba o resultado da votação por correio, cuja apuração deve ser concluída na próxima quinta-feira.

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